Os privilegiados da Vila Madalena
12/04/12 13:03Imagine se Pinheiros e Vila Madalena ficassem igualzinhos ao Pacaembu ou ao Jardim Europa –enclaves de casas, onde não se pode construir mais, em áreas centrais ricas em infraestrutura pública?
É o que parecem querer alguns ativistas abnegados desses bairros, que andam lutando contra “a especulação imobiliária” e por uma cidade ‘mais verde’.
Em uma São Paulo de apática mobilização política, a iniciativa desperta simpatia. Mas proibir a verticalização em áreas centrais no momento onde finalmente nossa nova classe C quer e pode comprar seu primeiro apartamento, é uma maldade pouco ecológica. Ou crescemos para cima ou continuaremos crescendo para os lados.
Se todos tiverem direito à sua casa com quintal e jardim, a cidade vai se espalhando –as distâncias aumentam e o uso do carro como transporte se impõe. Se tivermos uma cidade densa (imagine Nova York, a zona sul do Rio, Higienopolis, a avenida Paulista ou mesmo Buenos Aires), as distâncias se encurtam e a densidade facilita a construção de transporte público.
Os protegidos Pacaembu e os Jardim Europa e America ocupam áreas centrais com ótima infraestrutura, mas servem a muito poucos. As torres de apartamentos para a nova classe média vão sendo erguidas em bairros mais longínquos, onde o transporte está longe de ser bom e distantes de boa parte dos empregos disponíveis na metrópole –garantia de congestionamentos futuros.
Quando você dificulta a construção, o m² encarece –é a lei da oferta e da demanda.
Nos últimos 200 anos, cada progresso nos meios de transporte foi sucedido por uma “fuga das elites” das áreas centrais para algum com lugar com mais espaço e sossego, como escreveu o economista Edward Glaeser em seu fundamental “O triunfo da cidade” (The Triumph of the City). Azar delas se querem ficar mais tempo dentro de um carro. Nossos bairros mais servidos por metrô, ônibus, luz e água precisam de mais moradores, não menos.
O mercado imobiliário paulistano justifica o temor dos moradores de Pinheiros e Vila Madalena, que não querem edifícios com arquitetura chinfrim e muros altíssimos, que matam qualquer vida ou luz nas calçadas. Para criarmos uma cidade mais inclusiva, que permita nossa nova classe média morar em regiões mais centrais, precisamos discutir as regras do que se pode ou nao construir e do como construir. Nosso código de obras é obsoleto e a discussão arquitetônica-urbanística deve se impor. Mas congelar não resolve –o que adianta manter uma árvore no quintal, mas forçar milhares de novos carros emitindo mais carbono?
Raul,
Excelente post! A imagem do incorporador no Brasil é muito ruim; dá para ver claramente isso nos comentários.
Mas não acredito que as pesoas que aderem a este tipo de movimento (não existe apenas um, mas vários) entendam bem como uma cidade funciona, ou deveria funcionar. Em especial o impacto de um plano diretor mal feito em outras áreas como, por exemplo, a inflação dos alimentos.
Na minha opinião as pessoas usam o aspecto de ecologia e de cultura com desculpa para afastar o egoismo, a ignorância e o medo da mudança.
Acho que a prefeitura deveria beneficiar “prédios verdes” com possibilidade de maior adensamento. Assim poderíamos viver numa cidade mais orgânica e inteligente.
Todos sabem que a solução para o transito de são paulo é o transporte publico de qualidade, mas poucos pensam que cada vez mais as moradias ficam mais distantes e a intermodalidade de transportes dificulta o ir e vir da população.
Infelizmente vivemos num pais onde pessoas completamente despreparadas são eleitas para redigir as normas que interferem diretamente na nossa vida.
A falta de estudo, de cultura e de senso comum cada vez mais cria problemas onde poderiam existir soluções.
Na era da internet é muito fácil aderir a um protesto em massa sem ter que sair de casa. Talvez, antes de clickar o mouse as pessoas deveriam pesquisar um pouco e tentar entender o que estão apoiando.
Os incorporadores não são como personagens de novela e de desenhos animados que querem derrubar as maravilhosas casinhas para fazer shopping center. Pensar assim é burice; é infantil.
Já temos pouca oferta de produção de alimento ao redor de São Paulo. As terras que antes eram cultivadas, agora dão lugar a moradia. São Paulo é uma macro-metropole formada pela conurbação de todos os municípios entre Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Santos. E continuamos crescendo horizontalmente. Assim ficam as perguntas:
Onde produziremos alimentos e outros produtos de agricultura?
Como será o transporte destes alimentos para a cidade? Quem pagará esta conta?
Como levaremos saneamento básico para toda a área ocupada pela metrópole?
Como será a qualidade de vida das pessoas que terão que cruzar a cidade cada vez maior?
A internet está ai! Entrem no site do IBGE, pesquisem sobre adensamento populacional. Pesquisem sobre o crescimento populacional em São Paulo capital e comparem com a Grande São Paulo.
Novamente parabéns pelo texto!
Bom o seu comentário, Daniel.
Até aceito discutir a verticalização de São Paulo desde que sejam colocadas na mesa as seguintes premissas:
– O espraiamento da cidade deveu-se à brutal imigração verificada nos últimos 45, 50 anos. De 10 milhões em 1979 somos hoje 20 milhões. Se nada for feito, chegaremos rápido aos 30 milhões apesar dos constantes alertas dos técnicos da Sabesp sobre a escassez de água iminente.
– A metrópole carrega hoje nas costas um fardo de 20 milhões de habitantes. A faixa que vai de Campinas ao Rio de Janeiro englobando o Vale do Paraíba soma algo em torno de 35 milhões. Nada justifica tamanha concentração de corpos em um país gigantesco e desabitado como o nosso. O Tratado de Tordesilhas não existe mais.
– Há mais de 10 anos o nordeste vem crescendo à taxa de 7,5% ao ano enquanto o restante do país não passa de 2,5%.
Entretanto, não se observa movimento migratório para aquela região em igual proporção. Em Natal-RN, uma das sedes da Copa 2014, os novos empreendimentos erguem-se lentamente devido à fata de mão de obra. Portanto é uma falácia dizer que a oferta de empregos é responsável pela concentração populacional em São Paulo. Segundo a Associação Comercial de SP a economia informal cresceu mais que a oferta de emprego com carteira assinada nos últimos 30 anos. E continua crescendo. Hoje temos ambulantes atuando clandestinamente até dentro do aeroporto de Guarulhos.
– Como qualquer cidade, São Paulo surgiu a partir de casas para abrigar os antigos moradores. São documentos históricos da cidade. Não precisamos demolir as casas que ainda restam em nome da verticalização e da eficácia urbana. E a história da cidade, a nossa identidade como fica? Ainda dói o que perdemos na avenida Paulista em nome do ‘progresso’, seja lá o que for isso.
– Os incorporadores devem voltar seus olhos para onde a cidade pode e precisa de adensamento como o centro. A imagem ruim dos incorporadores é porque eles não apostam em regiões sub-valorizadas. Só querem o filè-mingnon, a parte mais nobre da cidade. Mas é nesses lugares que encontramos as pessoas que amam São Paulo cuidando de seus jardins e pintando suas casas.
Os incorporadores pensam que São Paulo é o quê? Uma Serra Pelada urbana? Recente pesquisa da Folha revelou que mais de 50% das pessoas deixariam a cidade se pudessem. Devem ser eles. Após enriquecerem, deixariam a cidade entregue à hecatombe que plantaram.
– O adensamento das metrópoles via pauperização é um problema tão grave que deveria ser criado um ministério só para resolvê-lo, não mitigá-lo. Porém, no país da maioria eleitoral ignorante é mais vantajoso manter imensos bolsões de miséria entupindo as metrópoles de gente e votos do que resolver o problema a partir das causas, não dos efeitos como a violência por exemplo. Quanto pior, melhor.
Carlos,
Seu comentário é muito pertinente.
Em meu comentário tentei restringis a análise apenas ao problema urbano de São Paulo e suas causas diretas. Imaginando como seria uma cidade ideal. Você está completamente correto em associar esta visão ao crescimento populacional e migratório do Brasil como um todo. Porém, estes dois assuntos são muito mais complexos e polêmicos.
É muito difícil propor uma politica de controle de natalidade ou migratório sem desfavorecer uma parte da população. Ou pior, sem criar políticas separatistas.
Acho que o Brasil não precisa disso.
Nós precismos de Educação e investimento correto.
A agricultura israelense desenvolveu-se no deserto e eles detém tecnologia suficiente para irrigar nosso nordeste e transforma-lo em área cultivável. Mas não estamos utilizando este recurso.
A mão de obra qualificada, especialmente em Tecnologia, também concentra-se no eixo Sp-S.José dos Campos; Fácil notar pela classificação das universidades e pela instalação das indústrias.
O que falta é educação e o que sobra são políticos governando em benefício próprio.
Na minha opinião falta educação pois, com educação as pessoas saberiam votar!
Quanto ao seu comentário em relação a paulista, eu tenho uma visão um pouco diferente. Não olho para o que tínhamos mas o que temos hoje.
As pessoas, me incluindo, são aversos a mudanças. Mas as cidades são organismos vivos e precisam mudar. Assim como as crianças crescem e deixam de ser aqueles bebes gordinhos e fofos para se tornarem pré adolescentes sem dentes.
Acho que temos que respeitar e conservar o passado mas com politicas corretar e valorizando o que realmente precisa ser valorizado e não qualquer devaneio do COMPRESP ou do CONDEPHAAT.
Um exemplo do que estou me referindo é o aeroporto de congonhas, recentemente tombado. Para mim, este aeroporto deveria dar lugar a um belo parque e uma estação intermodal de transportes. Assim tiraríamos o risco eminente de acidentes de grandes proporções e ainda instalaríamos um belo equipamento urbano.
Hoje isso é impossível. Mas o tombamento só piora a situação e não vemos esforços para a substituição deste aeroporto.
Se tivessemos politicas eficientes e um mercado imobiliário sério, o estado poderia utilizar o poderio econômico deste mercado para conseguir recursos para criar outro aeroporto e instalar transportes entre os aeroportos.
No meu texto, eu disse que são paulo deveria ser adensado, mas com prédios verdes. Sustentáveis.
A sustentabilidade vai contra a pauperização das metrópoles como você citou. Um edifício sustentável vai muito além daquele que o marketing empurra goela abaixo dos consumidores. sustentabilidade não é só reuso de aguá de chuva e latas de lixo coloridas.
É geração de empregos, criação de espaços e equipamentos públicos, preservação de energia.
A vida de pessoas em edifícios verdes pode criar um estilo de vida sustentável que pode ajudar em todas as outras áreas.
A minha opinião, na verdade é muito simples: Adensar só com Green building para não pulverizar as cidades.
Para mim essa é a solução.
Preservar as características urbana da Vila Madalena não vai conservar a sua cultura. Preservação de cultura só vem com educação. Nos consumidores, nos produtores e , principalmente, no governantes.
A quem interessa a análise do articulista? Ah, entendi. Parabéns empreiteiras por mais uma adesão (não bastassem os vereadores a soldo)
abçs
Eis que a bobagem se impõe. Mais prédios em Pinheiros=mais imóveis para a classe C? Faz-me rir. Classe A que sou (assim diz a FGV), nem assim tenho dinheiro suficiente para comprar um apartamento, por menor que seja, no bairro. Nem financiado em 30 anos. A região com melhor infraestrutura da cidade é o Centro e, no entanto, lá todos os imóveis estão vazios. Façamos um plano diretor decente para a cidade, que seja respeitado, para que realmente haja espaço para todos.
Em 1998 um vereador de São Paulo criou um projeto de lei denominado Bairros Verdes. A ideia era proteger da especulação bairros com predominância de casas e exuberância de vegetação, como o Planalto Paulista na ZS por exemplo.
TODAS as associações de moradores e amigos de bairros aderiram espontaneamente ao projeto que teve inesperada repercussão na cidade e adesão na câmara.
O PL não foi aprovado, claro, e o vereador retirou-se da vida pública.
Criticar é fácil.
Vamos deixar sugestões?
Sugiro que as construtoras esqueçam Pinheiros e Vila Madalena. Comprem seus terrenos em locais deteriorados da cidade como as favelas lembradas no comentário do Marcelo Richter. Até na Vila Mariana tem favela.
Derrubem prédios cuja reforma seria inviável e construam um novinho no lugar. A infrestrutura do centro expandido já está pronta.
Mas não mexam com as cinquentenárias casas de São Paulo. Ao contrário dos horrorosos caixotões cheios de buracos quadrados, elas são parte da história da cidade.
Alguem já se perguntou porque de tanta necessidade da especulação na construção de novas unidades verticais de habitações coletivas… Certamente existe um aspecto cultural que precisa ser estudado, o fenomeno do consumo ligado à lavagem de dinheiro, do maior poder aquisitivo das elites, de investidores de todos os níveis sociais e financeiros, de uma fragilidade latente oriunda da cultura inflacionária entre os vários aspectos de um povo capaz de exprimir tal teoria ao sabor das impressões visuais, sem respaldo técnico algum.
Prédios para a “nova classe C” em Pinheiros? Certo… Lamento informar, mas a arquitetura chinfrim, no caso, é para as classes A e B, que são vulgares por si mesmas.
Sugiro que você se informe, primeiro, sobre a especulação imobiliária na região e os valores dos imóveis. Depois, sobre os rendimentos da classe C.
Abraços
Raul, acho o texto equivocado, já que os bairros mencionados estão sendo invadidos por edificações que servem para famílias com poder de aquisição muito alto (classe AAA). Os imóveis estão na casa dos 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões… Faltou um embasamento para o post… Gostaria de saber a sua opinião no que tange esse tipo de verticalização, onde os residentes antigos desses bairros estão sendo aos poucos retirados de suas casas (e geralmente vão para bairros mais afastados) porque o valor de custo de vida desses lugares está cada vez mais caro…. Na verdade, a q
Continuando… a questão continua na diferença absurda de qualidade de vida entre classes B, C, D x A….
Raras vezes li uma asneira maior do q essa do artigo. Uma coisa q pouco se nota é q a desigualdade social do Brasil é perpetuada pela emprenteiras, construtoras e imobiliárias, pra quem a verticalização é fonte de lucro. A idéia é “vamos empregar o MENOR número de trabalhadores possível pra aglomerar o MAIOR número possível de moradores neste terreno”. Proibindo edifícios residenciais altos e priorizando casas e edifícios baixos, haveria mais empregos, mais desenvolvimento pro país, melhor qualidade de vida, menos problemas sociais, menos trânsito. Só vantagens. A verticalização só favorece às empreiteiras e especuladoras –gente cretina quase por definição. Esse artigo é totalmente ignorante e despistado.
Logo vai sair este CPI da construtora Delta e você vai ver como tudo governo de SP e perfeito da São Paulo (junto com outros como Cotia, Jandira Carapicuíba etc.) são envolvidos com corrupção de empreiteiras, construtoras e imobiliárias. E como eram com corrupção dos bingos, juízes também enchem bolsa permitindo açãoes destes. Sr. Raul, sem querer, você esta sendo conivente.
Enviarei um pedido de séria revisão de sua colocação na Folha de São Paulo. Um jornalista não pode ser tão leviano no que escreve e, veja bem, não se trata e emitir opinião: trata-se de ignorância do processo de construção de uma metrópole. Essa não é a primeira besteira que o senhor escreve. Um bom conselho seria: estude o que você não conhece para poder escrever sobre.
Testa de ferro tem quem quer. Mas a publicidade da Tecnisa do lado direito foi exagero até pra Folha.
…querem construir mas prédios em SP para dar moradia as classes menos privilegiadas, ok. Mas ao invés de fazer isso destruindo casas, porque não fazer isso destruindo as favelas??? São elas que emporcalham nossas cidades e são nelas que já moram os cidadãos menos privilegiados. Derrubem os barracos e façam os prédios, onde caberão não apenas os moradores dos barracos como de todos em sua volta. Agora destruir casas para verticalizar ainda mais essa cidade onde não se pode ver o horizonte, é destruir ainda mais a qualidade de vida de São Paulo.
Muito pertinente seu comentário.
Não só qualidade de vida como a história dos bairros e da cidade são destruídos junto com a demolição das casas.
jornalista é foda mesmo, faz curso técnico de redação e depois sai dando pitaco em tudo.
quanta besteira…..
nhó. É fácil citar exemplos e querer importar modelos de cidades que possuem uma articulação entre a cidade privada e a pública, enquanto são paulo é refém da lógica estritamente privada do espaço.
Verticalizar seguindo a lógica do lote privado cercado de muros, grades e câmeras, com impermeabilização do solo, 3 vagas de carro na garagem é estúpido. É desqualificar e descaracterizar um espaço constituído, com características e história. É a replicação do fenomeno da Vila Olímpia.
Usar a carta do elitismo é um argumento rasteiro. Típico de quem acabou de ler os primeiros manuais e planilhas de Planejamento Urbano.
Por favor, leia mais e melhor. Procure autores e não planilhas.
prezado raul,
vc fala da classe C de que país????
pq não sei se sabe, mas o valor DITADO pelo mercado imobiliário na região de pinheiros e v.madalena é de R$9 a 10 mil O METRO QUADRADO!!!
uma falácia este teu texto….dá vergonha….. nem vou dizer pra vc ler mais sobre o assunto…..até pq vc deve ter lido bastante…..PEÇO QUE VÁ AOS BAIRROS DE SP E OBSERVE a vida como ela tem sido…….
falta olhar e sensibilidade crítica……
Meu caro, afirmar que a nova classe C comprará apartamento na vila madalena, com todo o respeito, é subestimar a inteligência dos leitores. Além disso, as “cidades mais bem resolvidas” do mundo sabem preservar áreas “livres dos prédios”. Construir apartamentos e vários prédios na Vila Madalena e Pinheiros servirá bem aos especuladores imobiliários e tornará ainda mais dramático o tráfego nessas regiões. Devemos cobrar mais investimento em transporte de massa de qualidade (mais trens, metrôs, etc) e ações do governo (local e estadual) para que se tenha mais ofertas de trabalho nas diversas regiões (mais negócios e empresas na Zona Leste, por exemplo).
Verticalizar é a solução para a especulação imobiliária maximizar os seus lucros.
Discordo do autor. São Paulo precisa parar de crescer, seja para cima ou para os lados.
Na verdade, São Paulo precisa de políticas inteligentes de modernização do que já existe sem depredação do imóvel histórico, sem prejuízo do comercio ou dos moradores e trabalhadores de um local da cidade, seja qual for. Crescer sempre crescerá, mas que não seja esmagando quem já tem o seu lar e o seu trabalho. Os imóveis abandonados não podem continuar a ser abrigo de pombo e morcego, as pessoas têm direito a esses espaços! Seja para morar ou trabalhar em empresas ali estabelecidas. O pobre não tem que se tornar mendigo de rua os drogados precisam de um encaminhamento!
Raul Juste Lores é ex-correspondente da Folha em Pequim e Buenos Aires onde, imagino, andou de transporte coletivo. Mas, de volta a São Paulo, já deve estar andando só de helicóptero, como os agentes imobiliários, o que pode ser identificado quando diz que nossos bairros mais servidos por metrô e ônibus precisam de mais moradores, não menos; ele ainda não sabe que o pequeno transporte publico paulistano já está trabalhando muito acima de sua capacidade. Quanto ao economista Edward Glaeser, festejado pelo autor, ele nada mais é do que um garoto propaganda da especulação imobiliária global cujo maior objetivo é abocanhar São Paulo – com a ajuda dos maus políticos e algumas más mídias.
Não existem no mundo cidades feitas só de prédios . É necessário que haja um equilíbrio entre áreas com casas e outras com prédios e também faixas de transição que harmonizem e permitam a convivência entre as duas . Os espaços horizontais são importantíssimos pois ali o solo tem maior permeabilidade , as áreas verdes podem ser intensificadas e ocorre maior circulação do ar o que favorece a dispersão dos poluentes e a amenização da temperatura contribuindo para a melhoria do ambiente urbano como um todo . Recente pesquisa feita pela Unesp em colaboração com a Nasa , mostra que São Paulo tem contrastes alarmantes de temperatura entre regiões ,chegando a diferenças de até 14 graus e a verticalização intensa torna ainda mais crônico o problema das ilhas de calor . Em relação a ” nova classe c” , infelizmente, quando verificamos a trajetória dos preços dos imóveis em regiões que tem sofrido intensa verticalização como a Lapa e Pompéia , o que se constata é uma elevação nos valores , com novos empreendimentos destinados a um público de maior poder aquisitivo , diferente da nova classe c que continuará morando longe do centro , agora junto dos antigos moradores expulsos das regiões onde tem ocorrido o boom imobiliário. É o velho e conhecido processo de gentrificação alimentado por uma cidade onde o desenvolvimento urbano tem como protagonista o setor imobiliário e a corrida pelos lucros. Chamar os moradores da Vila Madalena de privilegiados , na tentativa de diminuir seu movimento e legitimas aspirações, revela uma visão míope e preconceituosa que desconhece ou ignora de forma proposital os verdadeiros privilegiados e os processos que ao longo dos anos construíram uma cidade caótica .
Com todo o respeito ao articulista. É preciso ver de perto o impacto de um caixote de 30 andares numa rua já congestionada para saber da importância da luta contra a verticalização.
A cidade está nas mãos da voracidade dos empreiteiros…
ESTUDO EQUIVOCADO DA POLI!
São Paulo: 1/4 da área construída é dos carros, porque não há transporte público adequado à demanda e à qualidade esperada. Ainda mais, quem faz empreendimentos é responsável pelo tráfego por ele gerado e pela consequente incomodicidade aos vizinhos e à região. São Paulo precisa, sim, copiar Tókio que só permite a aquisição de carro a quem comprova ter onde guardá-lo e que, ainda, oferece transporte público decente à população. O Sr. Hamilton França Leite Júnior, diretor do Sindicato da Habitação (Secovi) e responsável pela pesquisa da Poli, pleiteia a redução dos estacionamentos para usar os terrenos em equipamentos públicos. Tal redução dos estacionamentos poderia ser utilizada para obter terrenos escassos para construir mais apartamentos e escritórios na cidade – congestionando-a ainda mais? O entrevistado compara São Paulo com Nova York e Los Angeles; ora, vejamos, no estágio e na velocidade atual da construção do metrô paulistano, serão necessários mais de 70 anos para atingir o nível de transporte público existente nas cidades de Londres, Berlin, Nova York e Los Angeles citadas. O autor também cita a tal da cidade compacta, promovida no planejamento estratégico SP2040 da prefeitura, onde tem tudo no bairro e onde não se entra nem se sai – ou seja, guetos onde só se anda de bicicleta custeada pelo munícipe, o que interessa a quem? Portanto, com base na entrevista concedida pelo autor do estudo em apreço, só posso sugerir à Poli-USP, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que faça um estudo de interesse do paulistano: tal estudo deve propor e conseguir a urgente construção de redes de metrô, bondes e outros meios de transporte públicos adequados ao porte da cidade; tal estudo deve dimensionar as necessidades dessa rede ao porte da população atual e futura; durante a implantação efetiva da rede, poder-se-á analisar alguns casos de reduções paulatinas de vagas de garagens residenciais obrigatórias – o que será viável em uns 50 anos, considerando os perfis das gestões atuais da cidade e da região metropolitana.
Suely Mandelbaum, urbanista
Mandou bem, Suely.
Que bom que temos aqui alguém do ramo para duelar com o Raul.
Pedro Pinto num texto acima, às 16h24, lembrou bem um ‘detalhe’ sobre a Vila Madalena. Os preços dos imóveis. Raulzito, qq apê na Vila é para freguês pra lá de bacana. Um muquifinho de 50 metros da Realton, na Fidalga, cujo slogan da empresa é ‘a primeira ponta de estoque de imóveis do mundo’ está sendo vendido pela bagatela de $640 mil reais. Realmente uma quebrada para a classe C, bastante popular a Vila Madalena, Raul. Vai lá.
Brilhante o texto de Raul Juste Lores.
Nós somos 200 milhões, devido a isso não há outra opção a não ser verticalizar.
A real questão é: quanto verticalizar?
Torres residênciais de 100, 150 andares nos permitiria manter gigantescas florestas cercando nossas cidades.
Todos os argumento contrários a verticalização são FALHOS pois eles não oferecem solução.
Quanto mais casas mais destruição de florestas e mais asfalto para avenidas e ruas.
Somos 200 milhões, dos quais 35 concentrados na faixa que vai de Campinas ao Rio de Janeiro. Um autêntico vespeiro humano lutando por um pedaço de chão enquanto no interior brasileiro sobra espaço.
Alguns vivem enquanto a maioria apenas sobrevive nesses amontoados de gente. Edward Glaeser deveria sair do virtualismo dos números e percorrer a periferia de São Paulo antes de escrever as falácias de seu livro. Quem concorda com ele deveria fazer o mesmo. Ou sustentar que as soluções virão daqui a 200 anos. Talvez.
A violência aí está. Ela é um sintoma de que o modelo de concentração urbana em um país enorme e desabitado como o Brasil está errado. Precisamos agir antes que as pessoas comecem a matar-se umas às outras feito ratos de laboratório na disputa por espaço.
“vespeiro humano lutando por um pedaço de chão”??? Por que tanto negativismo?
Residência bem localizada é algo caro em qualquer lugar do mundo.
A concentração humana em São Paulo seria muito mais amenizada com a intensificação da verticalização e a devolução de áreas para a natureza o que formaria um cinturão verde em torno da mesma.
Simplesmente não há correlação entre concentração humana e violência.
Quanto ao interior do Brasil, o mesmo tem que ter o que resta de seu ecossistema preservado e não ocupado por novas casas, avenidas e shopping centers.
No geral, as áreas florestais virgens não estão ameaçada por implementação de shopping center, nem de conjuntos de casas. quem as ameaça são os empreendimentos agrícolas.
Torre de 150 andares, com as ruas estreitas que nós temos em S.Paulo? Vc bebeu?
Mais uma vez você ignora a culpa do nosso modelo de ocupação do terreno.
Shopping Centers, ruas e casas aumentam a mancha urbana da cidade.
Enquanto isso a verticalização torna uma cidade mais compacta, economizando espaço e tempo de deslocamento.
Você inventa coisas.
As torres de 150 andares jamais seriam construídas em ruas estreitas. Obviamente elas representariam uma mudança no modelo de ocupação do terreno, por isso muita coisa seria repensada.
A única certeza é que as cidades não cresceriam mais pois o espaço que elas ocupam hoje seria mais do que suficiente para abrigar a todos.
Já te disse, a mancha urbana de S.Paulo é nada perto da ocupação agrícola Brasil afora, nem acredito que vc é tão estulto a ponto de achar que são as cidades que acabam com as florestas. Num país como a Holanda, deste tamanico, pode até ser. Mas aqui, país exportador de commodities, exportador de madeira de lei? Faça-me o favor.
E a propósito, Deus me livre e guarde morar numa torre de 150 andares, imagina se dá um incêndio ou enguiça o elevador, imagina a impessoalidade de morar num caixote desse tamanho. Aqui onde eu moro, em S.Paulo, Vila Madalena, sim senhor, tenho um jardinzinho, cheio de pássaros e flores, levo picada de formiga, fico olhando as abelhas, os besouros, saio a pé para ir na padaria, cumprimento os vizinhos, vejo o céu e as nuvens, não uma parede de concreto. Sou MUITO feliz na minha casa, não troco por nada.
Parece letra música seu comentário, Lahierba. Muito bom.
Começou mal esse blog, fazendo um rapapé para a especulação imobiliária. Afinal, coitadinha dela né? Ela manda e desmanda na cidade, domina a Câmara Municipal e a Prefeitura, mas precisa de uma solidariedade dos amigos da imprensa de vez em quando. O autor distorce e omite diversos fatos: 1 – que Pinheiros já é um bairro superverticalizado, e agora estão sendo devastados os últimos casarões, vilas, sobrados antigos que sobreviveram, além das raríssimas áreas verdes da região. 2 – Longe de atrair a “classe C” para o bairro, a bolha imobiliária está provocando o fenômeno inverso: está expulsando os comerciantes e moradores tradicionais, que ficavam nos imóveis demolidos ou que são incapazes de pagar os aluguéis estratosféricos. E foram para a estratosfera não em função da lei da oferta e da procura, mas da bolha imobiliária que inflou artificialmente o preço dos imóveis. Que tal se você desse uma voltinha pelo bairro de Pinheiros e conversasse com os moradores para ter uma mínima idéia do que está acontecendo? E que tal se a Folha contratasse um urbanista sério, ao invés de um diletante em urbanismo e economia?
Em tempo – nos prontificamos a debater a qualquer momento, em qualquer lugar e com qualquer pessoa acerca das conseqüências nefastas da bolha imobiliária que está devastando bairros como Vila Madalena e Pinheiros.
Em tempo 2 – parabéns Paulo Preto, mandou bem!
Cara Folha de São Paulo, de onde apareceu este ilustríssimo colaborador Sr. Raul Juste Lores?
Caro Raul, a imprensa é um dos instrumentos mais poderosos para a formação de opiniões e, pois, de movimentos e de comoção de uma sociedade. Diante disso, é essencial que toda causa defendida ou relato feito sejam bem estudados e compreendidos. Você tem razão no que se refere ao conceito de “adensar” a cidade para que possamos proteger o meio ambiente. Note que, contudo, antes é imprescindível que se analise quais as regiões da cidade estão subocupadas e fartamente servidas de infraestrutura, tal como se vê em diversas regiões do – não tão valorizado – centro de São Paulo. Esta simples observação derruba, num primeiro momento, os argumentos apresentados pelo movimento de verticalização da Vila Madalena. Há muitos elementos – tais como planejamento urbano, restrições e, muitas vezes, bens que devem ser protegidos como patrimônio (cultural, histórico, natural..) – que devem antes ser analisados para que se autorize, ou não, determinados empreendimentos ou propostas. É imprescindível que tal adensamento seja feito com vistas à qualidade da proposta de habitação/ocupação, assunto de interesse público e que deve ser objeto de planejamento específico pelo poder público em conjunto com a população. É por este motivo que há zonas, padrões e usos diferentes na cidade. Não podemos colocar toda defesa feita pelas empreiteiras e construtoras no mesmo balaio, porque elas não são planejadoras e não necessariamente trabalham para o bem comum da população. É essencial que cada caso seja estudado com cuidado, atentando-se para cada uma de suas particularidades, para então ser veiculado sob forma de opinião crítica, sob pena de colocarmos em risco justamente o bem estar da população (geral) e do meio ambiente.
Cara babaca!
Me espanta como uma pessoa com tal ponto de vista escreve para tal Jornal renomado. Um grande babaca que não foi se informar antes de escrever o que escreveu.
Mas a verticalização nesses bairros não é voltada para a classe C, mas sim para as classes A e B. O mesmo acontece na Vila Leopoldina e imediações.
Pior ainda, ao invés de favorecer a classe C, o pouco que resta dela tem sido expulsa desses bairros, com desapropriações e pressões para venda de terrenos para os especuladores imobiliários, a preços no mínimo questionáveis…
Pergunte aos moradores de Perdizes o quê aconteceu ao bairro – falando de infraestrutura – depois do bum demográfico da região.
Interessante nos comentários é um marco imaginário a respeito de “verticalização desenfreada”, “prédios horríveis”, “especulação imobiliária” e “a tranquilidade de Vila Madalena”.
Quando exatamente essas ameaças chegaram?
Convido o ilustríssimo mané que escreveu esse texto a conferir preços dos apartamentos novos em Pinheiros, Vila Madalena, Pompeia, Perdizes, etc., antes de falar que são destinados à nossa nova classe C. Coisa nenhuma! Coisa de 700.000 pra cima! São é pra gente de gravata e carro 0 como ele, e provavelmente seus camaradas de happy hour! Kit net tão construindo é no Centro e na ZL, que nenhuma empreiteira dessas é boba ou santa pra comprar terra cara pra fazer apartamento popular.
Oferta e demanda aqui é a vó, por isso se chama ESPECULAÇÃO – especular, mirabolar, inventar, etc. os preços não correspondem ao valor da terra (???), nem a nada de concreto, correspondem aos papeizinhos flutuantes das bolsas de Valores. Depois o país quebra como os States quebraram e fica todo mundo de mal-humor…
Aliás, espero que o termo privilegiados logo seja substituído por pioneiros. Paulistanos, LUTEM PELA SUA CIDADE, pelos seus bairros, pela sua história! Por mais praças, menos carros, e pela ocupação da enooooooorme massa de imóveis paralizados no Centro e em outros lugares, devido ao interesse de poucos manés como o autor desse texto
1 – Os técnicos da Sabesp estimam que em 10 anos haverá racionamento de água na metrópole de 20 milhões de bocas. Hoje, a cia. já realiza captação de água em Extrema a 100 km de distância. A próxima captação será no Vale do Ribeira, a 120 km da capital. Água é uma das poucas coisas que não podem ser fabricadas pelo homem.
2 – Para construir uma linha de metrô é preciso apresentar exaustivos estudos de impacto urbano. Mas para colocar 700 novos automóveis/dia nas estreitas ruas dos bairros, as montadoras não precisam apresentar nada.
3 – Em nome do lucro, a área útil dos apartamentos vem diminuindo sorrateiramente nos últimos 30 anos. Compactar e empilhar pessoas não é solução. Enjaular seres humanos é criar uma sociedade de doentes mentais.Onde estão nossos nobres vereadores que não acabam com esse abuso?
4 – E as preciosas áreas verdes e permeáveis onde as pessoas possam ter um mínimo de lazer nessa cidade tão carente desse item fundamental que consta no Estatuto das Cidades?
5 – A mancha urbana de São Paulo não diminuirá com a construção de prédios. A população de baixa renda não vai mudar-se para um AP uma vez que não tem a cultura do condomínio, nem gosta de pagar taxa condominial ou impostos. Em alguns anos os prédios viram favelas verticais, como ocorre nos Cingapuras e alguns prédios do centro.
5 – Precisamos acabar com essa visão mercantilista sobre São Paulo que tudo justifica pelo dinheiro. São Paulo não é uma Serra pelada urbana.
6 – Enquanto isso, o interior brasileiro permanece desabitado. Mas o governo federal finge que o adensamento populacional de São Paulo não é problema dele e joga a bomba no colo do prefeito. Como disse o Geraldo Vandré, estamos presenciando um genocídio urbano. Que mais o governo federal está esperando?
1 – A não verticalização não resolverá este problema. Esse argumento é falho.
2- A verticalização justifica estações do metrô por isso quanto mais prédios menos carros na rua a médio prazo.
3- Empilhar pessoas é a única solução. Insinuar que prédios causam doenças mentais é um argumento ridiculo. O adensamento populacional justifica a contrução de transporte coletivo..
4- A verticalização torna possível criação de aréas verdes ao redor das cidades ou mesmo no meio delas, como a Floresta da Tijuca no Rio de Janeiro. E novamente a não verticalização não traz solução.
5- É preconceito dizer que a população de baixa renda não tem cultura de condomínio.
6-O interior do Brasil deveria permanecer desabitado, isso ajudaria a preservar a Mata Atlântica e o Cerrado. A idéia que nós, humanos temos que habitar todo km² deste país não se justifica.
Todos os argumentos contra a verticalização são fracos.
Fica claro que você não conhece o nordeste.
Com 1.222,605 km² o nordeste é muito maior que São Paulo e seus 248,209 Km².
Mas muitas pequenas cidades nordestinas estão definhando por falta de gente. Gente que fugiu de lá e veio para o sudeste não em busca de emprego mas de sobrevivência. Hoje, estão respirando em São Paulo com a ajuda de aparelhos tais como bolsa-família, bolsa-escola, vale-gás, leve leite e outros remédios. Vivem amontoadas como bichos nos úmidos barracos-cortiços da periferia ganhando o suficiente apenas para pagar o aluguel e as prestações das Casas Bahia.
Quem não acha que morar nesses autênticos campos de concentração – como podem ser classificados os horrendos conjuntos habitacionais da Cidade Tiradentes – não faz mal à saúde, deveria procurar um médico. Ou não sabe nada de arquitetura.
Não seria mais digno dar a essas pessoas a chance de começarem vida nova em suas terras, onde sobra espaço e faltam empreendedores?
Não é preconceito mas pós-conceito. A experiência desastrosa dos edifícios São Vito e Mercúrio mostra que pessoas de baixa renda relutam em pagar condomínio porque não foram criadas assim. Há vários outros prédios no centro de São Paulo em acelerado processo de degradação. São favelas verticais, nada mais.
A pauperização absurda verificada em São Paulo trouxe o aumento da economia clandestina, aquela que não contribui com um só centavo para o INSS mas provoca brutal demanda por serviços públicos especialmente de saúde, transporte, educação, segurança e…habitação. Percebeu a espiral sem fim?
Porém, quanto mais dinheiro gasto nessas áreas, mais famílias imigram atraídas pela melhoria dos serviços. É um eterno enxugamento de gelo.
Mas para a classe política é fundamental a manutenção desses bolsões de miséria nas grandes cidades, especialmente São Paulo, a mais cobiçada vitrine eleitoral. Os milhões de tolos que perambulam pela cidade levando uma vida de cão em busca de um destino representam um inesgotável manancial de votos.
Ahahahahaha! Acha que eu tenho cara de palhaço?
Vá se formar, como pessoa!!!!
Não vou repetir o que muitos aqui já disseram. Vc não entende nada de planejamento urbano muito menos de bem-estar social de fato! Nem das mazelas da desigualdade de nosso país! Ah tá, realmente que os prédios estão sendo feitos para classes menos favorecidas, Ah tá que a verticalizacao da região central é a melhor coisa para uma cidade e não o desenvolvimento de todas as áreas da cidade, inclusive periferias! Qual é a tua? EM QUE PLANETA VC VIVE?
Ele era editor do caderno Mercado, deve ser esse o planeta dele. Planeta Mercado.
Lamentável ler um comentário tão simplista do cara escalado para a vaga do Fernando Barros na Folha. Raul, sai da bolha e dá uma farejada na Vila Madalena qq dia entre 8h e 10h da manhã para sentir o caos no trânsito na Aspicuelta. Ou passe para tomar um chopinho depois das 20h para enxergar os ônibus causarem um estrago e oferecerem perigo de vida a cada 3 minutos, com 4, 5 pessoas a bordo. 99% do bairro concordam com um plano para a Vila Madalena que contemple melhorias como alargamento das calçadas, troca dos busões vazios pelo microônibus depois das 20h, e talvez um congelamento da Aspicuelta e Wisard, para que se transformem em calçadões para se gastar os sapatos. Algo mais racional e que encaixe com a realidade e atraia turistas, por exemplo, assim como foi feito na Oscar Freire, talvez. Mais edifícios e especialmente shopping centers, que me parece uma obsessão das construtoras, sem infraestrutura para isso, é totalmente inviável, meu caro. A Vila Madalena cresceu especialmente dos anos 90 pra cá e a infra ainda é a de um bairro residencial dos anos 50. A região está sendo sufocada e precisa de urbanismo do bem, não mais prédios. Um abraço.
Boa, Fernando.
Acho que seria interessante a colocar a questão: A quem serve esta verticalização?
Qual o público que pode comprar na Vila Madalena?
Como urbanista vivendo na Europa e estudando sempre o Brasil, o que me parece interessante é pensar quem de fato produz a cidades no Brasil?
Pq décadas se passaram e o transporte publico não avançou?
Boa reflexão!
Adilson, essa é fácil de responder.
A quem serve a verticalização?
Nesta ordem:
1) aos bancos que lucram horrores com os financiamentos
2) às construtoras e seus acionistas que nelas investem
3) à prefeitura de S.Paulo que por meio da outorga onerosa ganha dinheiro dando um chute na lei de zoneamento.
Quem perde?
Os cidadãos. O patrimônio histórico-arquitetônico. As áreas verdes da cidade.
“Zoneamento”??!!
Quer dizer que expandir infinitamente a mancha urbana de nossas cidades substituindo nossas florestas por concreto e asfalto pode.
Mas substituir casas por prédios não pode.
Isso é ironico e mostra a falta de preoucupação com a natureza.
Há somente preoucupação com “zoneamento” e dane-se a natureza.
Outra coisa, grama de jardim e quintal não é área verde. Área verde são parques e florestas com diversidade de fauna e flora.
agora vai querer me fazer acreditar que vc dedende o reflorestamento São Paulo? Volta 400 anos no tempo e reurbaniza a cidade cara! Para tudo tem que haver critério e o que se fala aqui é que verticalizar não resolve tudo. E sim, há quintais com arvores e flores, melhor cuidado que muito jardim público onde os mendigos cozinham e queimam as árvores, onde a poda é feita direito e não o que a prefeitura faz detonando o pouco que já existe.
Hahahaha…que texto mais sem-vergonha. Por que o nobre estudante de urbanismo não propõe que se construa prédios na região central onde existem edificações em ruínas, e onde já tem Metrô??? (Eu respondo pra ele, pois ele não entende nada do assunto especulação imobiliária) O especulador quer o bairro bacana, feito por décadas a fio pelos antigos moradores que começaram tudo, quando a Vila Madalena era uma área indesejada (não tinha luz, água encanada, rua asfaltada) Fizera as casinhas simpáticas, as ruas, as vendinhas charmosas, barbearias, lojinhas e etc. Daí, o zoião grande do Kassab liberou geral pra que o especulador imobiliário venda o bairro como bucólico, pacato e charmoso. O bairro esta acabando. Classe C já correu de lá com as coisas na capota do fusquinha…ACORDA, RAPAZ. Esse seu texto é uma cascata. Fosse verdade o centrão já estava reurbanizado. O povo rico quer a vila Mada que antes era visto como reduto de maluco beleza. Agora é chic ser doidão, antes não…ESSA ELITE É HIPÓCRITA!!
Raul Juste Lores, você ganhou uma bolsa pra estudar urbanismo nos EUA na fundação Eisenhower Fellowships e pelo visto não esta aproveitando nada. Moro na Lapa e trabalho na ZONA LESTE, graças à CPTM (quando não atrasa) e o Metrô (quando consigo entrar nele) gasto 30 minutos apenas pra estar dentro do meu trabalho. São falaciosos e equivocados seus argumentos. Em primeiro lugar por que a Vila esta sendo destruída para a verticalização de prédios de LUXO cujos apartamentos custam acima de 1 milhão. Depois, não chegam milhares de moradores, pesquise melhor e verá que há um êxodo de moradores por conta do insuportável encarecimento da região. Os “bacanas” querem o bairro erguido pelos pioneiros. Querem a tranquilidade conquistada por reivindicações de esgoto, energia elétrica, transporte, segurança e lazer dos moradores de outrora, que fizeram dela o que ela é e que gradualmente esta deixando de ser… Outra coisa, não é problema espalhar a cidade, É SOLUÇÃO. Basta ter transporte decente, eficiente, acessível como trem em metrô (desde que funcionem). Apostar na verticalização como solução é tão ruim quanto apostar no automóvel para se ter mobilidade urbana. Estude mais. Sou formado no velho grupo escolar estadual, e posso te garantir, você defende o modelo da especulação imobiliária, que é inegavelmente excludente.
Nunca vi tamanha bobagem……o rapaz aí está visivelmente a serviço das empresas imobililárias e construtoras…..tem que congelar sim….que se criem cidades novas….terras não faltam……gostaria de saber qual a profissão do dono do blog…pq arquitetura e urbanismo são atribuições de arquiteto….e não de palpiteiro…
“que se criem cidades novas….terras não faltam”
Essas terras já são ou um dia foram ocupadas pela natureza. O ecossistema da Mata Atlântica foi devastado e o Cerrado está sendo.
A verticalização vem para impedir a ocupação dessas terras que teriam que ser totalmente devolvidas para a natureza.
A texto do blog deveria virar política pública para todo o Brasil.
Quem devasta o Cerrado e as florestas é a agricultura não os moradores de casas, vc está redondamente enganado. Já ouviu falar em soja e pecuária extensiva no Brasil? Vai olhar as cifras de ocupação de terra.
Não isente de culpa nosso modelo de ocupação territorial.
As mais de 5000 cidades brasileiras e estradas para interligá-las foram construídas sobre o que?
Tudo foi construído sobre ecossistemas valiosíssimos.
Agora, por não ter havido verticalização, elas destruíram muito mais terreno do que seria necessário.
A Grande São Paulo inteira foi construída sobre solo de Mata Atlântica.
Junto com casas vem a necessidade de mais asfalto, mais carros e mais rodovias.
Os Anti-Verticalização não se preoucupam com isso. Só se preoucupam com o “estilo de vida”.
para verticalizar tem que haver critério, vc está defendendo o seu salário, ok, mas nós defendemos a cidade!
E você, se preocupa com o que na verdade? Esse discursinho pró-meio ambiente defendendo as grandes empreiteiras e construtoras não cola. Qual é a empresa que te banca? Quem pede para que você comente aqui anonimamente, protegido pelo ridículo pseudônimo que usa, defendendo com argumentos mais fallhos do que os que ataca? Vá estudar um pouco de urbanismo com professores decentes e um pouco de sociologia para entender realmente o que são os problemas sociais e pensar maneiras de resolvê-los com propriedade ao invés de ficar aqui agindo quase como um advogado de defesa das construtoras e corretoras de imóveis.
Não é preciso criar novas cidades. Elas já existem no interior do nordeste mas foram esvaziando-se com a fuga para o sudeste durante as últimas 4 décadas.
Por que o governo federal não cria políticas de incentivo para que as pessoas voltem para lá?
Porque, do ponto de vista político há interesse em manter esses milhões de tolos em São Paulo, o maior trampolim eleitoral do país.
Resultado: em 1979 a metrópole paulista tinha 10 milhões de habitantes. Hoje, 33 anos depois, são 20 milhões. Nenhuma cidade do mundo suportaria isso. O caos aí está.
Aliás, meus caros, não percam tempo com este artigo chinfrim e unam-se ao movimento
Moradores de Pinheiros contra a Verticalização Desenfreada
http://moverpinheiros.wordpress.com/
https://www.facebook.com/groups/219598781449304/
O artigo é tendencioso, utiliza de chavões e conceitos ultrapassados, conceitos como cidade policentrica, sustentável ou verde, parece que não formam parte do seu vocabulário.
Debater adensamento é uma coisa, verticalização é outra bem diferente. Ainda definir a altura da verticalização seria outro ponto a ser abordado.
Não foi um bom começo, mas tem tempo para aprender, corrigir e se emendar. não vai faltar oportunidade.
Ele é novo, e se não estiver trabalhando por Kassab, vai aprender…
O texto apresenta vários equivocos. O maior deles se refere a uma ideologia (falsa consciência) reproduzida pela imprensa de que o processo de verticalização de um bairro (aumento de área construída) provoca um aumento de população, ocorrendo assim uma maior socialização do solo urbano. Os dados demográficos da cidade de São Paulo demonstram exatamente o contrário. O modelo de verticalização adotado na grande maioria dos empreendimentos, que são direcionados para famílias de alta renda, não implica em aumento da população, muito pelo contrário, o que ocorre nos bairros que estão sendo verticalizados é uma perda de população ao longo dos anos. É mentira ou falta de informação dizer que esse aumento de área construída, de garagens, etc. leva a um aumento de população. O distrito de Pinheiros, por exemplo, onde fica o bairro da Vila Madalena, tinha uma população de 94.679 habitantes em 1980 e passou a ter 65.364 habitantes em 2010, ou seja, as transformações imobiliárias ocorridas em Pinheiros nestas últimas três décadas não significou um “crescimento populacional”, mas somente a um aumento da área construída. Ver esses dados em infocidade da PMSP:
http://infocidade.prefeitura.sp.gov.br/htmls/7_populacao_recenseadataxas_de_crescimento_1980_701.html
http://infocidade.prefeitura.sp.gov.br/mapas/7_taxas_de_crescimento_populacional_anual_1980_10315.pdf
Bravo!
E a memória imaterial e o patrimônio arquitetônico, hein, Raul? Como fica? Vamos passar com os tratores em cima de todas as casinhas simpáticas da Vila por que a cidade não pode ser espraiada um milímetro que seja? Vc não acha que esse seu plano da cidade compacta está um pouquinho defasado? São Paulo já é um monstro do espraiamento. Olhe no Googlemaps, principalmente na direção Leste. E como foi dito acima, a classe C não é quem compra os lançamentos da Helbor e outras construtoras que demolem criminosamente edificações protegidas por mandado de segurança. Fora que com a verticalização ao estilo varanda gourmet o adensamento populacional diminui ao invés de aumentar. Rico tem poucos filhos, apesar de não dispensar as 4 vagas na garagem. Cresci e moro numa casa da região e vou defender o meu bairro com unhas e dentes para que isto aqui não vire uma Vila Olímpia.
Bravo, Lahierba!
Temos uma história e um patrimônio urbano a preservar!
As construtoras que levem suas armas de destruição em massa para bem longe daqui e nos deixem em paz.
E vamos acabar com essa falácia de que o espraiamento da cidade foi causado pela expulsão da classe C para a periferia.
O crescimento da mancha urbana foi causado pela imigração desenfreada, especialmente nos últimos 40 anos.
Exatamente! o patrimônio histórico é respeitado por todos os países e aqui destombam, derrubam na calada da noite como fizeram na Paulista, alguém se lembra? foi um marco com direito a guiness a derrubada em uma noite de um casarão com ação de tombamento que o proprietário queria vender… Pessoal, unidos não deixaremos que a especulação nos roube a cidade!
Quando li a notícia sobre a criação de um blog que abordaria a questão do urbanismo nas grandes cidades, fiquei super satisfeito. Ora, apresentar as “boas práticas urbanas pelo mundo” é ótima ideia, num país em que a população ainda dá pouca atenção ao tema. Mas quanta decepção ao ler o primeiro artigo! Dizer que os moradores da Vila Madalena e de Pinheiros querem manter privilégios, excluindo a nova classe C de seus bairros, é argumento que eu esperava ouvir da boca de um corretor ou do diretor de uma incorporadora. Meu caro Raul, a verticalização pela qual passam os bairros da Vila Mariana e da Pompeia mostra bem que os novos moradores não passam, automaticamente, a usar transporte público. Pelo contrário, continuam entupindo as ruas com mais carros em uma área que já não suporta esse tipo de meio de transporte. E aí, no final das contas, passam o mesmo tempo dentro de seus carros para percorrer uma distância muito menor.
Além disso, o que se vende hoje é varanda. Chega-se a construir apartamentos em que a varanda ocupa – pasmem!! – um terço da área útil do imóvel!! E quanta falta de gosto das construtoras! Gostaria de saber onde são formados os arquitetos que trabalham nesses empreendimentos.
E para terminar, pelo amor de Deus, ninguém aqui quer “congelar” o mercado imobiliário, mas simplesmente planejar melhor o crescimento dos bairros. Em vez de torres de 20 andares, com 600 vagas na garagem e muros com 3 metros de altura, por que não um prédio com 5 ou 6 andares, mais aberto pro bairro e com um projeto arquitetônico de qualidade? E, claro, aproveitar o monte de prédios abandonados no centro!
Enfim, espero de um blogueiro estudando no MIT e em Stanford posições mais refletidas sobre urbanismo…
Leia Henry Lefebrve e entenderá a circulação das mercadorias e a política publida dos serviços de acesso publico e particular que “compramos”para nos locomover e expandir, com base nisso reflita sobre a sua ideia de expansão e consumo.
Caros
O Sr. Raul deve ter todos os argumentos para defender isso mas também, hoje qualquer um consegue argumentos para defender qualquer coisa. Em primeiro lugar, o GOVERNO deveria investir em infraestrutura de transporte e acesso ao centro de qualquer lugar da cidade – e isso, há muito tempo. Campo Belo, Brooklin, Berrini e outros “nobres” endereços receberam centenas de prédios recentemente e melhoraram pouquíssimo a mobilidade. Resultado: as pessoas demoram muito para sairem e voltarem para suas casas e empresas. Para ser exato, de meia hora a quarenta minutos para deixarem o estacionamento de seus escritórios, além do trânsito caótico em ruelas sem espaço.
Portanto, o Sr Raul não deveria dar mais força à especulação e interesses de construtoras. O que o GOVERNO deve fazer é urbanização – coisa que se tivesse começado a 30 anos atrás, quando Curitiba começou, não estaríamos neste embate e as pessoas não precisariam comprar imóveis de 50m quadrados a 500 mil reais em regiões centrais. Aliás, o Sr Raul acha acha que a classe C vai pagar menos que isso por imóveis na Vila Madalena? Francamente….E sobre referências com outras cidades, prefiro ficar com Londres, Paris, Berlim onde esta densidade é menor e as soluções de urbanismo são inteligentes (ou seriam sensatas?) e mais eficazes.
E há tantos prédios e galpões abandonados no centro e na zona leste, Mooca, que poderiam ser celeiros de moradia inovadora, mas não trazem tanto dinheiro como novos espigões…enfim, como diz um amigo, nossa economia cresce, mas o desenvolvimento social e a sensatez da gestão pública continuarão na utopia.
Qualquer pessoa sã concluiria que bairros como a Vila Olímpia, Itaim, Vila Leopoldina, Vila Romana e a própria Vila Madalena não tem infra estrutura alguma para arcar com a média de torres neo-clássicas que sobem diariamente por quarteirão nos dias de hoje, se é o que você sugere para acomodar a todos. Ou o trânsito nessas regiões é algo normal para você?
Periferia no Brasil é sinônimo de concentração de favelas enquanto que em outros lugares do mundo significa uma opção de vida menos urbana, com mais verde e qualidade de vida. Subúrbio não deveria ser um termo pejorativo.
Agora o que Raul Juste Lores sugere é que por causa da ausência de um transporte público eficaz causada pela corrupção generalizada, todo mundo deveria ter o direito de se empilhar nas poucas áreas agradáveis que restaram na cidade. Idéia democrática equivocada pois cedo ou tarde os próprios habitantes dessas torres, também terão seus SUV e também terão uma vida infeliz, parados no congestionamento logo após terem deixado suas próprias garagens. Isso já é uma realidade.
Estas torres imensas são construídas não porque há muita gente para ser abrigada. Não seja inocente. Estas são construtoras privadas que querem conseguir enfiar nestes blocos o máximo de unidades possíveis visando um lucro irresponsável.
Uma cidade mais inclusiva não é um lugar que haja apenas bolsões de prosperidade. É uma cidade uniformemente desenvolvida, onde quanto mais verde e menos verticalização melhor. E é por isso que devemos batalhar. Chega de contruír. Temos reformular, urbanizar o que já temos de modo inteligente, com ética e responsabilidade.
Saberemos quando tivermos uma cidade mais inclusiva quando os moradores da Vila Madalena tomarem o trem em direção aos subúrbios para poderem usufruir de um pouco mais de verde. Um lugar não deveria ser melhor do que o outro porém apenas diferente.
Responsabilidade social vai muito além do que o senhor está sugerindoo. Me desculpe, mas esse artigo é retrógrado e na melhor da hipóteses, irresponsável.
Muito bem, Cassiano!
concordo com tudo. na vila leopoldina, rua baumann está sendo construído um verdadeiro burgo, num contraste absurdo com os barracos de moradores de rua nas ruas próximas, quase 1 quarteirão inteiro murado com vários espigões residenciais ( com varandões, claro) . como vimos nas notícias, algumas ruas deste entorno inundam e ficam intransitáveis em dias de chuva. como vai ficar então quando isso ficar pronto?
Na vila beatriz também não param de construir prédios, mesmo essa região não tendo muitas saídas viárias e as que existem são muito estreitas. conheço vários comerciantes antigos desta região e eles me dizem que os moradores destes novos prédios não frequentam e não usam o bairro. a pé, pelo menos. uma pena acabarem com este pedaço tão simpático da cidade.
Discordo totalmente.
O argumento a favor da verticalização é para ECONOMIZAR:
1 – economizar recursos do governo na construção de metrô e no policiamento
2 – economizar tempo dos habitantes em deslocamentos
3 – economizar espaço das cidades deixando mais áreas para a natureza
4 – economizar asfalto em avenidas.
5 – economizar em iluminação pública.
Casas aumentam as distâncias e ocupam o lugar da natureza. O quintal traz ilusão do “verde” mas ali antes havia o mato com árvores, insetos e pássaros agora só se encontra um cão ou um gato e olhe lá.
A verticalização deveria ser intensificada, a cada torre construída temos menos 20 casas construídas e mais natureza preservada.
Qual empreiteira vc representa?
Verticalizar sem pensar na infraestrutura de saneamento básico, malha elétrica, comércio da região e capacidade das ruas é o que está sendo feito em Pinheiros e Perdizes, ao contrário do que é sugerido na matéria e os reflexos desse impensado e voraz crescimento já é sentido no excesso de carros que temos nesses bairros e nas incontáveis faltas de luz e de água também, pra não citar inúmeros outros empecilhos. Ao invés de verticalizar, porque não propor a solução dos transportes públicos? Porque não suprir a necessidade de quem vem de tão longe para trabalhar no centro, gerando empregos na região longínqua? Solução rasa sugerida provavelmente por alguém que vê nessa verticalização apenas o lucro gerado e o crescimento do país atrelado ao crescimento imobiliário. Não existe crescimento infinito em um planeta com recursos finitos. Se não frearmos esse crescimento desmedido, sempre teremos o caos como está acontecendo.
O autor adota algum raciocínio correto, em alguns casos, mas de modo superficial e fala ‘de orelhada’. A infra que alega ser maior em alguns bairros em SP, na verdade, nem dá conta ali. E o modelo é rodoviarista, no transporte, o que põe tudo a perder, t-u-d-o; com escassas opções diversas disto (onde quer que ocorra, funcionando mal e porcamente). Na periferia o quadro somente é muito mais lastimável. Mas a indigência é generalizada. Inclusive, na relação centro(antigos)-periferia, numa estruturação que nunca foi confrontada.
Este raciocínio do autor é tacanho, porque imagina poder melhorar as coisas lançando os destituídos contra (sobre) os remediados. Localizar no espaço de SP aquilo que alega, exige olhar mais experimentado, que o autor não tem e também exige maior acurácia; porque existem diferenças mais ‘pontuais’. Parte significativa dos bairros que o autor aponta como tendo baixa densidade, na verdade, não tem (casinhas geminadas constituem ocupação densa e não têm os jardins exclusivos que o autor aponta, exagerando; ok, nos casos em que há, retirem-se; mas esta está longe de ser a situação geral).
Embora, sim, esta densidade pudesse ser aumentada, mas isto seria uma ação de menor efeito, a ser adotada após ações mais importantes, antes; o erro maior está na outra ponta: a falta de infra de capacidade adequada para realmente adensar em toda SP; repito, falta maior na periferia, sem dúvida, mas também existente nas regiões centrais (cuja densidade, por outro lado, inadequada, apresenta problemas que cobram demolições, limpar a área; ou seja, o oposto do que cogita o autor do texto). E, por outra, na escala e complexidade de SP, não se trata de “abandonar a periferia para adensar o centro”, tampouco de se criar novos espaços (verticalizando) para acomodar população “crescente”, mas de ‘descentralizar’ (melhor dizendo, de ‘multipolarizar’) e levar melhor infra, bem como maior adensamento populacional, mais do que de ocupação do solo, para lugares que não os tem (o que diminui a capacidade de pagar pela infra de maior capacidade), pois eles não têm, tampouco, uma densidade desprezível, tudo irrigado por meios de transporte de massa, rápido e barato (ligando/articulando a metrópole em seu todo). Não há metrópole que funcione sem isto. Uma cidade complexa é, em muito, os seus fluxos; entrevada, ela é um favelão. A periferia não se ressente de não ser parte do “velho centro”, nem de comungar valores ‘burgueses’, ela desenvolveu sua própria e rica cultura, lhe falta ter suas próprias centralidades. E toda a cidade, rodoviarista, é inviável, sem uma franca exclusão do automóvel (culturalmente introjetado como ‘meio de vida’, tanto de pobres, como de ricos; nesta SP que sempre se orgulhou disto; numa atitude caipira) e uma rede e sistema de transporte multimodal, universal na distribuição; e muito bem planejados (com atualização constante) e muito bem geridos (competências que nos faltam em grau importante; vide o plano e projeto – até a construção – da Linha Amarela do Metrô; uma coleção de erros: mal inaugurada, já não funciona de modo eficiente).
Não há transferência de população de uma área a outra da cidade que resolva estas mais fundamentais questões urbanas em SP; a melhor transferência a se fazer é intra-bairro; se trata de solução urbano-arquitetônica (dia desses, eu lhes explico isto).
Você esta de brincadeira,o meu bairro Vila Romana/Lapa,foi totalmente desfigurado pelas construtoras,antes se essa tal classe C que foi inventada por um marketeiro de esquerda quisesse por aqui residir conseguiria sem problemas,hoje convido você a vir comprar um apartamento por aqui,você tem 1 milhão???
O ilustre articulista RAUL JUSTE LORES entende NADA de urbanismo e se poe a dar palpite e achismos sobre ocupação urbana…
Para que o nobre comece a entender como realmente a coisa funciona, existem critérios técnicos que se sobrepõe aos outros, quer sejam os “achilicos”, políticos, de “reforma agrária” e outros…
Senão vejamos: o que se precisa para morar? Claro, o imóvel com no mínimo 4 paredes, piso, teto e porta para entrar e sair. Mas… é só isso? E a água, a luz, o esgoto, o gás, a circulação viária, o transporte, saúde, SEGURANÇA, lazer, serviços, a luz, a coleta de lixo, limpeza pública, segurança, etc, etc, etc e mais muitos etc????
Claro que é muito mais fácil, barato, rápido e rentável ir “empilhando” a “macada”; Muitos ganham mais: as construtoras que multiplicam os metros quadrados de solo e com isso, a prefeitura também PENSA ganhar, pois no imediatismo, vê as receitas advindas dos impostos (IPTU) também multiplicarem-se. Mas… quando dá, por exemplo, pane elétrico por aumento/ excesso de demanda ou a tubulação de água / esgoto / gás já não dá mais conta da demanda o que é que acontece?
Ou o nobre teórico não sabe que esses serviços são também divididos pelo número de habitantes por metro quadrado? Ou seja, quanto mais “macaquinhos” pendurados por “galho”, mais bananas serão necessárias (e mais gente para limpar a “sujeira”)?
Será que essa infraestrutura consegue acompanhar a velocidade da mutiplico-verticalização?
Pense um pouco mais, caríssimo…
gostei….kkkkkkkkkk
Vila Madalena para classe C , essa reportagem parece brincadeira heheheh Isso é coisa do passado, infelizmente Gostaria que nosso país estivesse dando oportunidade para a classe C comprar apto de R$ 10.000,00 o metro quadrado … Fora o condomínio, fora o IPTU…
bem que queria estar podendo tudo isso! esse valor é surreal!
Texto é medíocre e equivocado. Ou então eu vou abandonar de vez essa luta contra a especulação imobiliária e adquiro meu apartamentinho na Vila Madalena, e como classe C de poder aquisitivo que sou, compro um imóvel novinho por 90 mil. O autor do texto tem um pra me vender? Quero o meu na rua Harmonia, por favor…Ou na Pompeia onde cresci. onde tem gente já gastando quase isso por ano em condomínios de luxo…A solução meu caro, é parar com o engodo do desenvolvimentismo. A cidade SÓ pode crescer se puder dar suporte ao crescimento, segurança, saúde, educação, transporte coletivo pra todos. O Metrô já entrou em colapso, a polícia esta desaparelhada, o sistema de saúde ruiu, falta escolas para a classe C, falta creches, remédios, áreas de lazer, enfim, o caos urbano precisa parar definitivamente e as edificações novos serem impedidas, pois o adensamento em diversos bairros se mostrou um engodo. Ou uam cidade não pode mais ter o direito de não crescer?? E optar por expandir APENAS a qualidade de vida de seus JÁ MILHÕES de habitantes??
“A cidade ter o direito de para de crescer”?? A realidade desta é questão é o direito de os atuais habitantes de proibir novos habitantes de se mudar para a sua cidade e/ou buscar via congelamento da oferta uma valorização brutal dos seus imóveis. Esta política visa a criação de ilhas de bem estar sem se preoucupar com a sociedade.
Só porque o governo demora em atender as demandas por serviços púbicos não podemos impedir a verticalização.
Todos os que são contra a verticalização, em geral, o fazem por interesses pessoais e não pela sociedade.
O benefício da verticalização é que com a concentração de pessoas torna-se mais barato concentrar serviços.
Adensar bairros já saturados, atenta contra a ecologia urbana…
Temos que ter um raciocíno mais holistico da situação de São Paulo.
Concentrar a população na região central não é a solução, nosso transporte público já esta defasado à população atual.
Temos que pensar em criar diferentes centros comerciais para descentralizar, temos que levar o trabalho à população.
Sem falar da perda de áreas verdes em São Paulo para a construção de edifícios, sem vegetação e sem área permeável.
Caro Raul, Bom dia!
Interessante ver que alguém se preocupa com a classe C deste País, mais ainda a coragem que tem de se expor a criticas que inevitavelmente surgem. Entretanto, gostaria de abordar um aspecto mais pratico desta questão.
Ora, se uma região está superlotada, e não tem mais espaço para nada, não cabe a nós querer ” botar goela abaixo” mais pessoas nessa região, tão somente porque nessa região o transporte publico é mais eficiente, e o sistema de agua é bom. Desapropriar áreas, ou usar áreas verde para construir mais prédios, ou mudar uma legislação que permita a construção de prédios em determinada área, só vai tapar o sol com a peneira.
A verdadeira solução verde, esta sim em crescer para os lados e descentralizar o centro da cidade, com incentivos fiscais e investimento em infra estrutura. O segredo não é amontoar todas as pessoas em um lugar, só porque é lá que a vida funciona, mas trazer “a vida” onde não tem. Diga-se , é um dos compromissos que os nossos prefeitos e governadores tem.
Como você muito bem pontuou: Nos últimos 200 anos, cada progresso nos meios de transporte foi sucedido por uma “fuga das elites” das áreas centrais para algum com lugar com mais espaço e sossego[…] . E veja, que apesar da fuga para áreas mais afastadas , a infra estrutura e o transporte publico chegaram. E assim tem sido por 200 anos, é a lei do progresso. Já diz as escrituras da nossa bandeira ORDEM e PROGRESSO.
Estou atento para as dificuldades da nova classe C , mas, neste caso, vale o exemplo dos moradores desses bairros( que se afastaram das áreas centrais) , ou melhor o exemplo dos bandeirantes (que se afastaram das áreas centrais), desbravem essa terra, construam, cobrem do governo o que eles tem obrigação de fazer. Eu entendo que isso gera desconforto, transito… Porem é o preço que se paga, e inevitavelmente sentimos as parcelas a cada manha se dirigindo ao trabalho, ou voltando para casa, mas é o preço. Já dizia o poeta: “ Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”(Fernando Pessoa)
Se assim for, uma hora a lei do progresso estará visível a todos( como tem sido nos últimos 500 anos), é assim que se progride, progredindo!
Raul, parabéns pelo blog! Beijo!
caro raul,
A cidade é feita de atores bem diferentes e claro com interesses bem diversificados. O que temos q atentar nesses casos de gestão do espaço urbano é para os pactos q podemos fazer entre esses determinados atores visando um resultado coletivo. Não podemos olhar apenas 1 ponto da questão. Nos artigos 182 e 183 da CF e no Estatuto das Cidades temos regras que definem o bom e mal uso do espaço urbano: a função social da propriedade. As casas com jardins cumprem ou não a função social? Temos que recorrer aqui ao Plano Diretor que, teoricamente, é o acordo feito entre os atores para a gestão do espaço urbano. A cidade é e deve ser feita da diversidade. Instrumentos, como o Impacto de vizinhança, devem ser elaborados para q possamos nos posicionar. Audiências com participação popular devem ser feitas, para aí sim seremos capazes de decidir o melhor ou pior para a cidades e seus moradores.
ps. sou a favor de uma cidade mais compacta e justa para todos.
edinardo lucas
arquiteto e urbanista
Raul, te pergunto que classe C compra um apartamento em Pinheiros e região? Minha casa, Minha Vida não financia nem 1/3 de qualquer apartamento em construção por ali. Acorda! A questão é outra. O que há é uma especulação desenfreada sem levar consideração de um mínimo das estruturas destes bairros. E para ser mais objetiva, não há planejamento algum em qualquer região de São Paulo. Quem ganha são as construtoras que conseguem alvarás por meios escusos. Pode alguém levar a sério a permissão da instalação de uma drogaria numa rotatória extremamente congestionada como a da Rua NAtingui com Francisco Isoldi. Ali passa milhares de carros e já é normalmente um caos. Isto é permitir a classe C ascender? Me admira muito esta sua abordagem. Estou estupefata com sua matéria desconexa.
Me desculpe, mas na Vila Madalena não se acha um apartamentico minúsculo por menos de 500.000,00. Os novos empreendimentos não fogem disso e vão bem além disso. Não saem por menos de 700.000,00 e por aí vai. A classe “C” não tem essa grana. Isso é para classe B e A. Verticalizar essas regiões não resolverá os problemas da nossa cidade. Antes disso, o governo deveria incentivar empresas e etc a se instalarem nas regiões periféricas. Isso sim desafogaria as regiões mais centralizadas e faria com q os trabalhadores sofressem menos no nosso abarrotado e ineficiente transporte público. Independente de classe social, todos tem direito ao conforto de morar melhor, mas morar melhor não é necessariamente morar perto do centro. A impressão que se tem é que o novo pensamento é “Melhoramos de vida, vamos morar no centro. A ralé fica na periferia…!!!!”. É esse o novo e preconceituoso raciocínio da elite jornalística que forma tantas opiniões??? Isso é sofrível!!!
Mais um comentário coerente, lógico e inteligente. O autor do texto esta apanhando muito dos fatos
Discordo totalmente.
O argumento pró verticalização e contrário a periferia busca reduzir a mancha urbana e reduzir o impacto ambiental da ocupação humana.
A periferia ou suburbio custa muito caro para a sociedade pois obriga a construção de ruas e edifícios para suprir serviços que já são ofertados nas regiões centrais. O pior, a baixa densidade populacional não incentiva o transporte público de massa.
Nenhum dos comentários contrários a verticalização se importa com o fato de que para se ocupar um NOVO espaço a natureza tem que ser destruída.
Os comentários contrários a verticalização só se preoucupam com o estilo de vida, acreditam que os recursos são infinitos e que a natureza pode ser substituída por casas e asfalto sem piedade.
esse argumento para mim é uma besteira! Ficava mais honesto vc escrever seu nome do que alegar que é a sra “verticalização”…
Perfeito!
é logico!
é só pensar!
Acho que limites são necessários, senão ocuparemos a Terra inteira, cada centímetro quadrado da Terra.
Deve haver muitos apartamentos usados à venda, bem como prédios usados inteiros à venda. Seria interessante utilizar o que já foi construído, ao invés de desperdiçar isto.
Aqui em Lisboa há inúmeros apartamentos a venda, e inúmeros prédios inteiros à venda, mas ainda se constroem novos prédios e ocupa-se ainda mais espaço da Terra… Não faz sentido haver apartamentos e prédios bons desabitados e a construção de novas moradias..
Esse desperdício ocorre mais quando as pessoas se tornam donas do imóvel. Em países como a Alemanha, normalmente as pessoas alugam o apartamento para morar durante a vida. Quando se forem, o apartamento é rapidamente locado a um próximo inquilino.
No Brasil, as pessoas normalmente compram o imóvel, o que traz dificuldades de vendê-lo caso o dono precise se mudar ou morra.
Caso houvesse mais aluguéis ao invés de compra, provavelmente haveriam menos apartamentos e casas vazias, e menos precisariam ser construídas, e se usaria o que já existe…..
Do ponto de vista ecológico e de locomoção você está correto. Imaginem quanto espaço sobraria em terrenos para árvores se todos morassem em um único prédio gigantesco sustentável? Isto não sendo possível, pelo menos sigamos nesta direção. Enquanto o crescimento da população for geométrico, a verticalização é a melhor solução para a moradia. Ou vamos esperar a destruição de todas as matas e reservas para depois seguir a única alternativa restante?
Concordo totalmente.
PELO QUE CONHEÇO DAS POLÍTICAS SOCIAIS DA PREFEITURA E DO PODER PÚBLICO EM GERAL… AQUI NO CENTRO AS ÁRVORES SERVEM PARA ABRIGAR MENDIGOS E DROGADOS. E ME REFIRO AO CENTRO EXPANDIDO, NÃO A UM BAIRRO APENAS.
Caro Raul, o grande problema da verticalização nas grandes cidades brasileiras, é que normalmente não vem acompanhada da infraestrutura de transportes compatível. Então, temos mais prédios e com eles, mais carros. Com o passar dos anos, passamos a ter igualmente maior numero de construções obsoletas, mas cuja modernização ou demolição é extremamente cara, tendente ao abandono. Em resumo, a verticalização sem planejamento urbano tem se transformado em um buraco negro a devorar nossas cidades.
Olá Raul, sou jornalista do VilaMundo, um site que fala sobre cotidiano e cultura na Vila Madalena e Pinheiros. No momento, este tema está sendo muito abordado em nossas pautas. Temos editoria chama “opinião” (http://vilamundo.org.br/editoria/interatividade/opiniao/) onde publicamos textos que tratem de questões do bairro. Podemos replicar o seu? Obrigada!
Artigo mais absurdo que eu li nos ultimos tempos.Vc trabalha pra alguma construtora ou a poluição de Pequim afetou vc?A tal da “nova classe média” tem direito sim de morar com dignidade e infraestrutura,fatores estes que os governantes não fazem nada pela população.Uma cidade como SP tem um sistema de transporte ruim e ineficiente que obriga sua população, seja qual classe seja, a se locomover com seu próprio veiculo,existem bairros em São Paulo,que são decadentes e que podem muito bem serem revitalizados e urbanizados para atender essa “nova classe média” .Agora me diga uma coisa.Já que vc defende tanto a verticalização de uma cidade caótica e desordenada como SP.Vc por acaso vai para ao Folha De SP trabaalhar como? De onibus tenho certeza que não é !!
Eu não vou adicionar mais argumentos pois acredito que os supracitados já se bastam. Mas queria comentar que é muito comum, ao ler comentários em reportagens na internet que estes sejam de péssima qualidade, ou pelo menos inferior à reportagem. Essa é a primeira vez que os comentários são melhor embasados e fazem mais sentido que a próprio texte em si. Infelizmente eu não tenho condições de possuir uma casa nos Jardins. Acabar com a beleza e o pouco verde que resta na cidade em prol de uma “maioria”não faz sentido. Como você mesmo cita outras cidades, neste caso porque NYC não povoa o Central Park então? Nem mesmo a região mais valorizada DO MUNDO abre mão o verde e de uma área não verticalizada. Seria muito tupiniquim de nossa parte cometer mais este erro.
Porque se ele tivesse realmente preocupado com a sustentabilidade iria se preocupar com os prédios abandonados no centro que poderiam ser reformados e vendidos com preços acessíveis à classe C.
Quanta bobagem!! Tudo agora é culpa da gentrificacao!! Se os moradores de um bairro nao querem estacao emdeterminado local é preconceito com pobres, se nao querem
Mais predios, menos verde, mais transito e mais enchente é pq na verdade nao querem
Pobres por perto??? Por favor!! Chega de uma cidade destruida pela especulacao!! E vc acha que a que preco os lancamentos imobiliaios da regiao custarao?? Nunca estarao acessiveis a classe C, é uma regiao supervalorizada em que um ape nao sai por menos de 400 mil.
E pelo visto tbm nao conhece as cidades de Buenos Aires e Nova York, sao tudos menos densas. NY tEm um centro denso em uma ilha mas ela cresce por toda sua volta e com poucos acessos tendo um transito tao ruim quanto SP. BA é uma SP melhor urbanizada, só.
E ainda, fala-se tanto de ocupar regioes centrais, critique entao a especulacao que esvazia nosso centro deixando uma regiao pouco povoada.
Sem demagogia por favor!
Incrível como as pessoas gostam de fazer PIC-NIC na sombra dos outros. Qdo vejo a frase “desapropriar” fico indignado. Porque ao invés de dar idéias de desapropriar PROPRIEDADES DOS OUTROS… Você não DOA o seu patrimônio ao governo ? Vejo intensas brigas quando se compra um grande terreno para construir e evoluir o país….. Porque também essas pessoas que ficam legislando em causa própria não fazem uma vaquinha de milhões de reais, compram os terrenos, fazem praças com play e muita área verde e doam para a prefeitura ? …. Hora essa !! Vamos trabalhar !! Bom fim de semana a todos.
Melhor você dividir seu tempo entre trabalho e estudo. Você, creia, esta precisando estudar, e muito. Sua opinião é péssima. Então é o munícipe que precisa pagar pela praça? Que ridículo…
Quanto será que o autor recebeu das construtoras para escrever tamanha asneira com tanta cara de pau?
É Bárbara, exatamente isso que pensei…
Pensei a mesma coisa q a Barbara e o Marcos.. O autor pensa q somos todos idiotas>>>
Esses ataques ao caráter do blogueiro são lamentáveis e ridículos.
E ainda tem gente que concorda com isso.
A verticalização é uma necessidade óbvia e quanto maior sua intensidade melhor será nossa qualidade de vida. A natureza agradece.
Estes ataques ao jornalista só demonstra a ignorancia das pessoas!
“É melhor ficar quieto e deixar que as pessoas pensem que você é idiota do que abrir a boca e faze-las terem certeza disso.”
Temos que tomar cuidado! A verticalização é muito perigosa para a cidade vide a zona sul na região do murumbi, muito prédios porém pouca infra estrutura para as pessoas se locomoverem, o crescimento é necessário e as pessoas precisam morar perto do trablho sim! Porém necessitamos de pessoas que estudem esse fenomeno para que seja controlado e não vire uma corrida maluca em busca de lucro.
Eu sou totalmente contra a verticalização nesses bairros pois a sua infra estrutura não comporta o impacto no trânsito, além de super lotar ruas provoca uma visibilidade negativa frente aos dados de violência e outras estátisticas negativas que vem grudadas com a verticalização, a politica deve ser da ampliação do transporte publico e não da aglomeração de pessoas nas áreas centrais. pq a tranquilidade é um grande fator para que esses bairros sejam procurados , além da centralização. e essa paz a de acabar em breve caso verticalizações desvairadas sejam feitas.
a sua visão sobre esse assunto é completamente superficial e até diria irresponsável para uma cidade que peca pela falta absoluta de planejamento urbano como são paulo. impermeabiidade do solo, aumento de trânsito, falta de insolação, tubulações de água saturadas, entre outras coisas são fatores que deveriam preocupar qualquer cidadão. casas com jardim sim, por que não? uma melhor qualidade de vida tem qu ser para todos , ou não? pinheiros e vila madalena, assim como o itaim, moema e tantos outros estão saturados. a maior infra estrutura desperdiçada está no centro, quase vazio de habitantes. não entendo a abordagem de encher de mais prédios estes bairros porque casas implicam num crescimento vertical e isso coloca mais carros na rua. o maior problema é a falta de transporte coletivo. enfim, muito ruim seu artigo.
Besteiras desse tipo estão sendo bem corriqueiras aqui na Folha.
Diz que deve-se destruir bairros somente para não ter que se locomover muito para o centro.
1) Pq não descentraliza a cidade?
2) Pq não ocupa o centro?
3) Esse colunista provavelmente nunca esteve em Perdizes/Pompéia, bairro que era majoritariamente composto por casas e agora foi verticalizado sem dó, onde agora demora-se 30min pra sair do estacionamento e o esgoto não comporta a demanda.
Artigo RASO esse, hein?
Absolutamente correto, Rafael. São Paulo precisa de descentralização, não de verticalização.
Perfeito, Rafael. São Paulo precisa de 4 coisas:
1) reocupação e readequação das moradias existentes no centro
2) descentralização das atividades econômicas e dos empregos disponíveis
3) mais permeabilização do solo, mais parques, mais opções de entretenimento e lazer gratuitos espalhadas próximo aos locais de moradia dos paulistanos
4) mais e melhor transporte público.
A verticalização e a especulação imobiliária definitivamente não se enquadram nessas necessidades urgentes da cidade. E deveriam ser desestimuladas.
Concordo que o nosso código de obras é obsoleto, como também a política e o comprometimento dos governantes com construtoras não nos presenteia com um bom Plano Diretor Urbano (PDU).
Então o problema não é espalhar ou concentrar as cidades, mas planejá-las.
Se for espalhada, mas tiver bons e largos corredores, onde se possa ter largas vias expressas, metros, trens etc., qual o problema de estar longe?
imagine se no passado tivesse sido respeitado as várzeas dos rios de SP, que cidade maravilhosa teríamos hoje! Com jardins, áreas verdes e de lazer às margens dos rios.
Se no passado fossem exigidos recuos proporcionais à altura dos edifícios, regras de ocupação dos terrenos, mesmo para casas.
Mas esbarramos numa cultura da propriedade da terra. E se ela é minha, faço dela o que bem entender. E as favas o bem coletivo e público.
Preservar é TUDO DE MELHOR !!! Temos outros bairros centrais que podem ser verticalizados (Barra Funda por exemplo) sem destruir o pouco de verde que temos, fiquei CHOCADA com a posição medíocre e o espaço que a Folha concedeu 🙁
FIQUEI ESTARRECIDA! Quanta desinformação do rapaz “autor” da tendenciosa matéria…classe c… comprando apartamentos de 800.000,00 (oitocentos mil reais)…parece piada! Concordo com a Monica tem a Barra Funda, a própria Liberdade, o Centro..agora as gananciosas construtoras são as ÚNICAS a se beneficiarem com as verticalizações q estão acontecendo, daqui a pouco vão lotear o Parque do Ibirapuera e da Aclimação, alegando ser ótimo para a classe C…e cobrando milhões pelos imóveis..para a classe C
calma lá…rsrsrs… concordamos em partes! No centro tem poucas áreas para construir, só as que o Kassab mandou demolir e largou para o mato crescer! Não inclua o centro de forma indiscriminada esperando que o projeto nova luz seja a solução pois ali tem MUITA gente trabalhando e morando, mencione por toda a cidade os prédios abandonados que estão deteriorando e nem a prefeitura ou o estado os assume de vez e dita ordem na bagunça. O que o prefeito e o governador estão esperando? Que os herdeiros paguem os impostos devidos de décadas??? Tem mais, demolir imóveis de patrimonio histórico para mim é uma atrocidade à memória da capital e do país.
Raul, você diz: “finalmente nossa nova classe C quer e pode comprar seu primeiro apartamanto”… Com apartamantos caríssimos e taxas impagáveis de condomínio, na Vila Madalena a Classe C só resiste nas suas casinhas charmosas que estão sumindo. Por outro lado os “enclaves de casas” dos bairros jardins, elitizados de origem, cumprem importante papel como pulmões verdes na cidade. Não é o caso da Vila Mada e Pinheiros, que carecem de áreas verdes. O que preocupa os moradores e comerciantes: O que será da Vila Madalena daqui a 10 anos? Um novo Jardim Paulista? Uma nova Vila Nova Conceição? A quem interessa essa elitização? Um plano diretor de bairro que garantisse uma mescla de classes sociais, como prédios bonitos como os da Idea Zarvos também para habitação social, e novas praças, descanalização do Rio Verde e criação de parque linear, etc. Aí sim. Deixe na mão da especulação imobiliária e eles farão tudo pelo lucro, como têm feito como toda a cidade.
Ele nem sabe por onde passa o rio Verde e os transtornos que causa durante os temporais devido a sua péssima canalização. Nunca ouviu falar.
Alô, Folha! Hoje, na edição impressa, consta o endereço errado do blog! Abraços!
Tomara que o colunista G.Dimenstein não leia. Moradores do bairro love NY, mas adensar a Madalena, no way.
“Nossos bairros mais servidos por metrô, ônibus, luz e água precisam de mais moradores, não menos”. Essa é uma das formulações mais inteligentes que li nos ultimos tempos sobre o tema. Venho de uma cidade (Salvador) onde a predação urbana é, creia, pior que a de São Paulo (aqui ha mais gente preocupada em fiscalizar).
Interessante também você ter notado que a cadeia de privilegios para os privilegiados chega mesmo à valorização dos imoveis: as casas, rodeadas de boa infraestrutura, além de tudo, se valorizam. Otimo negocio para uns, pessimo para todos os outros.
não concordo com essa afirmação que você citou como sendo uma das mais inteligentes que leu. Os bairros mais servidos por transporte público precisam sim ser mais povoados, mas não é necessário verticalizar mais. É só pegar os prédios abandonados do entorno das estações de metrô do centrão de SP, reformá-los e destiná-los a moradias de interesse social que está resolvida essa questão do aumento na densidade demográfica das regiões com melhor infraestrutura.
E o que uma cidade como são paulo não é de mais gente morando onde já tem muita gente… é de mais e melhor infraestrutura onde não tem e de mais oportunidades de emprego próximo às regiões periféricas, diminuindo os deslocamentos e pulverizando os serviços que agregam qualidade de vida.
Concordo que se deve usar bairros com boa infraestrutura para mais gente e não fazer algo excusivista. Agora é uma grande falacia dizer que a nova classe C terá acesso a bairros como Vila Madalena ou Pinheiros. No conceito da classe C de renda familiar menor que 3.000 reais mensais você realmente acha que alguma dessa família poderar arcar com apartamentos que custam mais de 10.000 reais o metro quadrado?
Bairros em São Paulo onde ainda existem árvores, quintal, jardins devem ser preservados e não lançados à especulação imobiliária. Se assim fosse, só privilegiariam a poucos ricos que pagariam por apartamentos de luxo em bairros como Pinheiros, Vila Madalena, etc. e que continuariam usando seus carrões. O Estado tem de estender a rede de metrôs e trens para a periferia sim, porque arrecada imposto mais que suficiente para isso. Periferia não tem que ser sinônimo de carência de infraestrutura não. Periferia tem que ter a mesma ou melhor qualidade de vida que os grandes centros. Deve-se proibir a verticalização de moradias na periferia e privilegiar as Z1.
Na verdade você comete um “pequeno” equívoco, os tais bairros com casas, quintal, jardins é que privilegiam uns poucos ricos, talvez você seja um deles. O réporter está absolutamente certo, e a única razão de isso não ser implantado imediatamente é justamente porque os ricos privilegiados que moram no Pacaembu, Jardins, Sumaré, não querem perder seus privilégios. E prejudicam a todos.
Quando uma casa é vendida em um desses bairros, uma grande construtora-empreendedora,-incorporadora-imobiliária se reúnem para lucrar com a venda de apartamentos de luxo para 100 privilegiados e seus 400 carrões ocuparem a área onde antes havia árvores, quintal, jardim, uma pequena rede de esgoto, telefone, água e 2 carros. Onde talvez morasse uma avó que comprou aquele terreno antes mesmo de existir toda essa infraestrutura que há hoje.
Você esta demonstrando profundo desconhecimento em urbanismo, meu caro Marco. Esse modelo de adensamento vertical, concentra moradores em bairros que não recebem obras de adequação urbana para tal. E o esgoto, como fica? O mesmo de um bairro feito na década de 1930? E o trânsito local? E a rede elétrica? E as opções de transporte para os “serviçais” que vão atender os novos ricos moradores? Esses empreendimentos na Vila Madalena, no geral são caríssimos, e quem acaba tendo que sair de lá são os moradores antigos, que mudam-se para longe, onde faltam escolas, bibliotecas, postos de saúde, transporte coletivo, segurança. Tudo o que passaram anos reivindicando num bairro como a Vila Madalena, tornando-a o que ela é, um lugar agradável, para a especulação imobiliária vender para o rico. Pois quem fez do bairro um local agradável foi o morador e quem fez dele um espaço de cobiça foi o especulador, que quer lucrar com o empenho dos outros que em décadas fez a Vila ser agradável.
Muito bom, Paulo Preto.
Verdade Paulo Preto! meu prédio no centro tem problema de pressão de água por falta de mudança do padrão de casa para edifício do sistema de esgoto e água, basta uma constipação de 10 vizinhos para gerar entupimentos…rsrsrs… Pelo menos as quedas de voltagem com o tempo foram sanadas! Isso o cara só vê depois que compra o apto e vai abrir a torneira enquanto o filho abre o chuveiro….
cara, vc está completamente equivocado. tem visão de o típico blasé indiferente que trabalha na Folha. as tubulações de esgoto agradeceriam por edificações menores. não precisamos de mais prédios. precisamos ocupar o centro, por exemplo, já existem os prédios por aí – aos montes. chega desse plantation de cimento!!!, monocultura da construção civil – só com empreedimentos desse tipo que se ganha dinheiro??? assim como indústria automobilística – essas linhas de montagem não servem pra mais nada? serão somente essas as nossas vocações?
tem um prédio sendo finalizado ao lado do meu, e outro por ser construído sobre outro que por ali já está, você sabe o transtorno que passo? é surreal! agora, na sua opinião blasé, sou eu é quem devo me mudar, não? quatro britadeiras durantes seis meses quebrando as colunas de metros e metros pq sobra estrutura. ainda não surgiu a reportagem com as torres de luxo fantasmas da capital.
Aposto que não reparou nisso quando o SEU predio era construído e o encomodo que ele deve ter causado…
o prédio foi construído em 1960. dúvido que o transtorno tenha sido parecido com o que vivi no ano passado – quatro britadeiras, meu caro, ao mesmo tempo. tenha dó. o certo era processar a empreiteira. ainda temos o transtorno a mais, 19 apartamentos do edifício onde moro estão com rachaduras por conta da inconsequência do engenheiros da construção vizinha. é mole?
a nossa cidade não consegue superar a época das multidões, e estruturas básicas de uma cidade da lá de 1900 e pouco; nos transportes, metro ou trem de superfície não deslancham – pq é tão devagar tal desenvolvimento???
ainda em ano de eleição, o conjunto de obras que foi lançado nas ruas, pode até dar o efeito contrário. veja, a oportunidade hoje, não são os grandes centros, e sim os pólos. internet, mobilidade, as cidades do estado é que precisam ser melhor desenvolvidas para
Vc pode acionar a empreiteira fotografando e exigindo que ella recupere seu imóvel! Fica a dica, começou construção de metro, escola e o escambau, se arme de máquina fotográfica (de preferencia que marque a data na foto) e assim que estoura cano, cai azulejo, racha parede e piso… Se tiver foto de antes melhor ainda! Chame os engenheiros das obras públicas, eles sabem que são obrigados a recuperar imóveis danificados, começa indo avisar, eles mesmos vão fotografar e acompanhar as rachaduras, se não fizerem isso vai na justiça com as fotos.
Rafael, acredito que o repórter da Folha está correto. A verticalização é inevitável e deve ser estimulado, pois como a própria reportagem colocou, se nao crescer pra cima, cresce para os lados, extinguindo uma quantidade maior de terra e recursos naturais.
A questão da impermeabilidade deve ser levada em conta na hora de projetar os prédios, claro, e tentar alternativas como parques públicos ao redor de áreas verticalizadas (esse é minha sugestão como leigo no assunto)
Mauricio, em bairros como V. Madalena, Pompeia, Pinheiros, Vila Romana, Água Branca não esta sobrando terreno algum para novos parques públicos. E o resultado se vê a cada temporal. A prefeitura esta em conluio com as construtoras, estão destruindo os bairros para uma elite que expulsa os antigos moradores.
e verticalização resolve? só se for para construir uma veneza no centro de São Paulo… Há muito imóvel desocupado se deteriorando, invadido, brigas sem sentido por um local que podia estar sendo disponibilizado para moradia agora E JÁ sem ter que derrubar nada, só reformar… mas reforma as empreiteiras não querem fazer! Elas querem a sua casa para brincar de construir prédio caro…
Perfeito comentario!!
concordo plenamente com o Rafael!
Muito bom seu comentário Rafael, o autor desse texto desconhece o sentido da palavra urbanismo. Para ser assim equivocado, ou é ignorante completo do tema que abordou, ou esta sendo pago por setores dessa especulação imobiliária indecente que tomou de assalto a cidade durante essa gestão mequetrefe de Gilberto Kassab, o corretor vendilhão de São Paulo. A prefeitura fez obras de infra-estrutura na rede de esgotos desses bairros antigos? NÃO. Solicitou a modernização da rede elétrica pra suportar a demanda de milhares de novos moradores e seus chuveiros, aquecedores, ar-condicionados?? NÃO! Ofereceu mais transporte coletivo?? Mais escolas? Postos de saúde? Creches, Bibliotecas? Parques, praças? Investiu em segurança pública??? NÃO, NÃO, E NÃO!!!! É só propina na caixinha desses vagabundos que administram MAL a cidade pois, sabem que o perfil dos novos moradores pagam por fora uma série de serviços que o morador antigo não pode pagar, restando-lhe ceder aos especuladores que praticamente o expulsam de seu bairro de origem.
rsrsrs… é isso mesmo Paulo Preto…rsrsrs. Se fizessem a coisa direito seria uma maravilha… mas eles não modernizam a infraestrutura e ainda usam a “obra-maquiagem” que fizeram como ponte para nova eleição, afinal, ninguém visita essas obras depois para perguntar como ficou e vota feliz… para depois acordar com desapropriação na porta!
Discordo totalmente de você Rafael.
“Vamos manter a expansão das nossas cidades por que senão o esgoto entope.” Esse argumento fraco contra verticalização foi repetido várias vezes aqui.
Os danos ambientais e o aumento do custo para a sociedade da expansão dos condomínios de casas não são discutidos.
A verticalização intensa iria fazer com que as cidades encolhessem. Sem necessidade de tanto espaço, bairros inteiros seriam devolvidos para a natureza. Ruas e casas seriam substituídas por matas. Pense nisso.
Muito Bom!
As pessoas disfarçam o egoismo e a ignorância em argumentos batidos e fracos.
Verticalizar é a unica solução!
Prédios entopem a região com automóveis e acabam com a permeabilidade do solo (apenas dois fatores, tem diversos outros). Olhar apenas pelo viés do transporte e proximidade é um erro.
Casas tambem impermeabilizam o solo.
Facamos uma conta: Um predio de 25 andares x 4 por andar ocupa a area de 5 casas de 250m2. Sao portanto 100 unidades causando o impacto de imperabilizacao de 5 casas.
acho que o ideal seria adensar a cidade com predios e desapripriar algumas areas grandes para a construcao de parques.
basta uma boa planejada e teremos arvores nas ruas de calçadas largas fazendo sombra e permitindo escoameto das chuvas, basta um planejamento urbano para encaminhar mendigos que rasgam sacos de lixo a procura de comida e sucata… basta desapropriar os prédios devedores de impostos e reforma-los para moradia ou empresas que queiram se servir deles para desenvolver mais empregos no centro… se houver politicas públicas decentes tudo se resolve.
Concordo em partes. Acredito que antes de pensar na verticalização de bairros como solução para aumentar a quantidade de moradias disponíveis em bairros centrais é preciso dar um jeito na situação de incontáveis prédios abandonados no centro da cidade, em bairros tradicionais e tão próximos do centro quanto [ou até mais próximos] a Vila Madalena. Já parou pra dar uma olhada em quantos prédios bons, bem localizados e caindo aos pedaços estão abandonados ou sendo subutilizados como cortiços? Porque não desapropriar, reformar e destinar esses edifícios para moradias com custo mais acessível? isso sim seria ecológico, humano e sustentável.
Na mosca, João. Não precisamos verticalizar ainda mais a cidade. Já temos problemas demais.
Essa e uma confusao comum entre causa e efeito. A causa do problema é a super populacao da cidade. A verticalizacao é um efeito. Enquanto tivermos 20milhoes de pessoas, o ideal é que essas pessoas estejam proximas e se desloquem menos.
O modelo americano de grandes casas espalhadas em suburbios e se deslocando em carros é completamente insustentavel. Se os emergetes seguirem nesse caminho a terra nao suportara.
A superpopulação é um problema, mas não é o problema em si. O problema é a falta de planejamento urbanístico e de viabilizar a recuperação de edifícios já existentes e abandonados, readequando-os para a moradia de baixo custo com interesse social. De nada adianta erguer mais e mais prédios alimentando a especulação imobiliária que joga os preços nas alturas. Já pararam para ver quanto custa um apartamento novo na região da Vila Madalena e quanto terreno disponível existe?
Enquanto isso, lá no coração do centro, onde se concentra a maior parte dos empregos existentes na cidade e a oferta de melhor infraestrutura de transporte e serviços, tem um monte de prédios deteriorados, fechados, com vidraças e portas quebradas, encanamentos comprometidos e outros problemas que, se resolvidos com uma reforma subsidiada voltariam à vida e seriam ótimas fontes de moradia adequada para muita gente que não tem opção atualmente de moradia a não ser em regiões cada vez mais afastadas.
Está corretíssimo dizer que esse modelo urbanístico americanóide de suburbanização e privilégio do transporte individual é insustentável, assim como manter a roda da especulação imobiliária funcionando. Com esses novos empreendimentos que vemos por aí, o que mais se tem é o endividamento das famílias aumentando cada vez mais para a compra dos imóveis novos, em detrimento de estruturas já existentes que poderiam ser reaproveitas, recicladas e atualizadas.
Mas é obvio que o poder público faz vistas grossas… as campanhas eleitorais recebem quantias enormes de dinheiro vindas de, entre outras empresas, empreiteiras e construtoras que fazem lobby para que seus interesses sejam sempre levados em conta.
Pensem comigo: não seria muito mais útil e interessante para a cidade que os prédios abandonados do centro fossem reformados para bem acomodar as famiílias e indivíduos que estejam precisando de moradia? Eles (e até eu me candidataria a habitar um desses imóveis recauchutados) morariam infinitamente mais perto de seus locais de trabalho e poderiam adquirir um imóvel por um preço mais baixo do que o de um apartamento novo, erguido do zero com recursos apenas da iniciativa privada, com suas empresas que só pensam em como aumentar o lucro em progressão geométrica.
João Carvalho,
Alguns apontamentos sobre o seu comentário…
Em primeiro lugar, super população é sim um problema em si. É inviável pensar em uma cidade com 20 milhões de habitantes.
A bem da verdade é que São Paulo é um fracasso como cidade. Qualidade de vida zero, só tendendo a piorar, feia, com péssima qualidade arquitetonica e urbanistica, sem ordem alguma, população mal educada e todos os problemas que derivam destes que eu citei.
Em segundo lugar, não acredito nessa viabilidade toda de reforma de edifícios deteriorados que você sugere (e que eu cansei de ouvir durante toda a graduação). Os preços pra se recuperar estruturas, sistemas de abastecimento, acabamentos, etc seriam altos demais. É claro que é um discurso muito mais bonito, é uma discussão muito contemporânea e acontece muito na Europa, mas há que se enxergar as diferenças de contexto.
Sobre o modelo “americanóide” de urbanização…eu acho engraçado…Nós aqui sofremos com uma cidade horrível, em que urbanismo e planejamento urbano são apenas conceito, não temos cultura nenhuma quando o assunto é esse, e ainda apontamos o dedo para criticar?
Morei em Toronto por 3 meses, vivendo no subúrbio…e sinceramente? A vida no subúrbio é INFINITAMENTE melhor e possui mais qualidade que a que levamos aqui, mesmo em bairros com infra-estrutura e boa qualidade de vida para os nossos padrões. Lá são abundantes as áreas verdes (públicas e privadas), as casas não se amontoam umas sobre as outras, há ordem, não há barulho, uma vez que o som consegue se dissipar entre jardins e construções de baixa densidade.
Isso sem falar que lá, uma cidade com modelo urbanistico “americanóide” não há trânsito, os sistema de transporte público funciona, (Ah, sabe aquela história de usos mistos para aumentar a segurança? Lá, cai por terra também), as calçadas são planas e de um unico material, as pessoas atravessam a rua na faixa e por aí vai…
Enfim…eu queria chegar no argumento de que não dá pra pensar a cidade no brasil através do modelo americano, europeu…etc etc etc…mas se eu tivesse que escolher, a última opção seria o nosso “não modelo”.
Sobre o post, concordo plenamente. Engraçado que você fala da “especulação imobiliária” e é exatamente disso que trata o artigo…Ao se coibir o adensamento, o que se está fazendo é justamente, especular. Privar mais pessoas de acesso à infra-estruturas já consolidadas e que tem potencial de ampliação.
Bruno, os EUA com todas as arvores dos seus subúrbios são responsáveis por 20% das emissões do planeta apesar de possuírem 4% da população mundial. Ou seja, a terra ira explodir se todos copiarem o modelo Americano.
Por outro lado, Nova York é um modelo impressionantemente bem sucedido de metrópole. Uma cidade extremamente vertical em volta de uma imenso parque verde.
O problema é que por aqui ficamos em uma encruzilhada. Ou tombamos e congelamos o bairro ou as construtoras compram a midi a e o poder publico para construírem prédios que rasgam a pouca beleza que a cidade ainda tem.
Quanto a Vila Madalena, concordo plenamente, tem que ser preservada! Quanto às mansoes de Alto de Pinheiros e alto da Lapa, acho que o zoneamento deveria ser revisto nessas areas. Metade delas estão vazias, algo está errado por lá.
Muito correcto. Un fenómeno! Estou dacordo co que voce pon no artigo. Unha aperta moi forte para voce dende a España!
Sr Francisco, andas longe para poder opinar como o Brasil deve alterar o layout da cidade, pergunto-te, apreciarias que tua rua fosse desapropriada para derrubarem tua moradia e a de teus vizinhos para levantar um predio de muitos andares e que te vendessem um outro imóvel menor por um valor maior??? aceitarias que te pagassem abaixo do valor que ela custa para tanto? Aqui aceitamos que sejam modernizada as areas onde há predios devedores de impostos e que não estejam tombados como patrimonio historico… mas cá ocorre que estão “destombando” para a especulação imobiliária!