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Raul Juste Lores

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Tag Archives: trânsito

A ficha caiu na China em 10 anos. E no Brasil?

Por Raul Juste Lores
11/08/12 02:57


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A terceira maior cidade da China, Guangzhou (a antiga Cantão), decidiu limitar o número de novos carros nas ruas. Desde o início de julho, só permitirá o licenciamento de 120 mil novos carros em um período-teste de um ano.

Guangzhou já é a terceira cidade do país a colocar limites ao emplacamento de carros, depois da pioneira Xangai e de Pequim. Pequim agora só permite 200 mil carros novos por ano. Xangai, com quase 20 milhões de habitantes, tem 2 milhões de carros (as políticas de contenção começaram há quatro anos). São Paulo, menor que Xangai, tem 7 milhões de carros.

Guangzhou já tem 2,4 milhões de carros. Até 2000, carro era um artigo raro nas ruas chinesas, que eram dominadas pelas bicicletas. O governo chinês viu o carro como progresso, investiu pesado em montadoras que produzissem carros nacionais e criassem empregos (muitos deles já exportados ao Brasil) e todos ficariam felizes.

Desde os anos 50, o Brasil acha que carro é progresso e precisa ser estimulado. Na China, virou dor de cabeça em dez anos. As três cidades criariam enormes sistemas de metrô. O de Xangai, iniciado em 1995, já tem o tamanho de Londres. O de Pequim é quatro vezes o de São Paulo; o de Guangzhou, o triplo.

No Brasil, fala-se que só se pode colocar obstáculos aos carros quando houver transporte público bom e suficiente. Mas não seria o contrário? Que governo vai investir em transporte público enquanto as classes altas e médias preferem túneis, viadutos e asfalto novo? Bem, no dia em que algum governo priorizar os serviços essenciais e quase exclusivos das camadas mais pobres da população, talvez isso mude.

(o video promocional de Guangzhou, acima, espertamente esconde os congestionamentos)

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A culpa do eleitor no congestionamento de SP

Por Raul Juste Lores
04/06/12 00:29

 

Nem as pistas gigantes e expressas de Los Angeles evitam engarrafamentos (Reed Saxon/AP)

O eleitor paulistano tem grande responsabilidade pelos 295 km de congestionamento em São Paulo em uma 6a feira normal, sem feriadão e afins. Talvez nesta 4a feira pré-feriado, tenhamos repeteco do que aconteceu na última sexta-feira.

Prefeitos tucanos, petistas e peemedebistas/pessedistas deixam obras viárias para o último ano de gestão não só para agradar empreiteiras. Mas porque querem ganhar os votos de muitos eleitores que ainda acham essas obras necessárias. Asfalto rende voto.

Mas a bilionária ampliação das Marginais não iria reduzir o trânsito? Os túneis da Rebouças não desengarrafariam tudo? As grandes obras viárias de Maluf, de Minhocão às Marginais, não eram ‘progresso’? Políticas reacionárias como essas, assim como a de Lula-Dilma que reduz impostos para estimular ainda mais a venda de carros, não melhoram a mobilidade.

São Paulo precisa retirar carros das ruas, não colocar mais.  Abaixo, listo seis compromissos iniciais que eu valorizo em um candidato a prefeito que realmente queira mudanças no trânsito na cidade:

1. que faça mais e melhores corredores de ônibus, com melhores pontos e acessos e veículos mais modernos; que estude item por item o que atrapalha a velocidade dos ônibus. Enquanto forem tão vagarosos, será difícil convencer alguém a deixar o carro na garagem;

2. que penalize e restrinja a construção de edifícios residenciais com quatro vagas de garagem por apartamento. Quem quiser esse estilo de vida, que inviabiliza o trânsito na cidade, que pague a mais pelos seus carrinhos; o código de obras deve reduzir a exigência de estacionamentos;

3. que obrigue edifícios de escritórios acima de 10 andares a ter estabelecimentos comerciais no térreo. Torres que obrigam centenas de funcionários a pegar carro para ir numa farmácia ou a um restaurante, como tantas na Marginal, são insustentáveis;

4. que shoppings e hipermercados que incentivam um enorme deslocamento de pessoas por carro paguem por esse trânsito. Exigir que construam estações de metrô ou de ônibus, com todo o capricho e espaço necessários, antes de qualquer alvará;

5. que estimule o uso de bicicletas e ciclovias, e que facilite a vida do pedestre. Boa parte das viagens feitas na cidade são de menos de 1km. Se cada pessoa que vai comprar o pão a quatro quadras de casa pega o carro, jamais sairemos desse engarrafamento;

6. que saiba fomentar, de fato, a utilização das subutilizadas áreas centrais da cidade, que têm grande infraestrutura de transportes e dezenas de prédios vazios, tanto em usos residências como comerciais

Los Angeles, infinitamente mais rica que São Paulo, construiu centenas de quilômetros de vias expressas, viadutos, elevados e afins. Ainda assim, tem o pior trânsito nos EUA. Cada viaduto ou túnel apenas desloca o engarrafamento de um lugar para outro.

Não vejo nenhum dos atuais candidatos a prefeito com uma mentalidade século 21 em relação a carros. Tucanos e petistas não podem dar lições de moral nesse assunto. Mas enquanto premiarmos prefeitos que ficam recapeando ruas sem parar às vésperas de eleição, estaremos fomentando o grande congestionamento, ‘the big one’, que paralisará a cidade inteira.

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A bicicleta que acumula fôlego para o ciclista

Por Raul Juste Lores
26/05/12 11:22


Na semana em que São Paulo cria seu sistema de aluguel/compartilhamento de bicicletas, vale conhecer este projeto desenvolvido pelo laboratório de “cidades sensíveis” do MIT. Chamada de Copenhagen, ela tem uma roda que acumula a energia produzida enquanto o ciclista pedala _ essa energia pode ser acionada naqueles momentos em que você precisa de um empurrãozinho ou precisa descansar um pouco.

Um aplicativo permite que você também saiba a qualidade do ar que você respira, os trajetos que você pode utilizar e permite que os dados da sua pedalada sejam monitorados. Guiando, no futuro, políticas públicas nos principais corredores de ciclistas.

Graças à bolsa Eisenhower, pude conhecer a bicicleta no MIT. Ainda é um tanto pesadona, mas um de seus criadores, o professor Assaf Biderman, me garantiiu que uma nova versão muito mais leve, deve ficar pronta ainda este ano. Como celulares, televisores e câmeras, algo menor e mais eficiente está a caminho.

Apesar de meses e meses de frio polar por ano, a capital dinamarquesa, reino das magrelas, demonstra que a ideia de que “tal cidade não é adequada para bicicletas” precisa ser revista. As íngremes e cheias de ladeiras San Francisco e Bogotá e a tumultuada e congestionada Nova York também desafiam aqueles que acham que toda viagem precisa ser feita dentro de um carro.

 

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